Uma manhã intensa de muitos golpes, abraços, sorriso, choro, além de gritos de incentivo de técnicos e da própria torcida formada na maioria por amigos e familiares dos atletas, durante o I Open Centro Sul Kids de Jiu-Jitsu, que aconteceu no ginásio esportivo do Campus Humberto Teixeira, em Iguatu. A competição, organizada pelo lutador e professor de jiu-jitsu André Ribeiro, reuniu competidores de várias cidades das regiões Centro-Sul, Sertão Central e Cariri.
O evento serviu também para mostrar que muito além das medalhas e troféus as crianças demonstraram o espírito esportivo, fazendo valer a importância de competir, sabendo que nem todos ganham. Esse já é o pensamento da pequena Maria Oriá, 4. “Eu ganhei a medalha porque eu treinei muito. Mas, no esporte é assim, a gente perde e ganha”, disse. Palavras essas que foram aplaudidas pelos pais da atleta mirim. “A Maria sempre foi muito competitiva, a gente sempre acreditou muito no potencial dela, em qualquer coisa que ela se propõe a fazer. Eu tô muito feliz.”, ressaltou Mylena Oriá, médica e mãe da Maria. O gosto pelo esporte foi incentivado pelo pai, que é lutador da arte marcial, Danilo Rios. “O esporte principalmente para uma criança é fundamental para desenvolver, não só a parte atlética, mas a parte de respeito, e também a gente sonha em ver seu filho ser medalhista. Estamos muito felizes com essa vitória”, pontuou Danilo Rios, pai da Maria, que também é lutador de jiu-jitsu.
Adrianny Henrique, 4, veio de Jucás com os pais. Saiu também da competição levando uma medalha para casa. “Foi muito difícil chegar aqui. Foi um treino bom. Obrigado por eu ter lutado aqui. Eu sou campeão, mas foi muito difícil de treinar, mas a certeza que dá próxima vez, levo mais medalhas”, disse se mostrando vencedor. Para os pais do pequeno atleta, a escolha da luta marcial foi pela mudança de vida que o esporte proporciona. “É um esporte de alta qualidade. O jiu-jitsu ensina à criança o respeito, companheirismo e o trabalho em equipe. Isso ajudou muito, porque ele tem muita energia. Foi o esporte com que ele se identificou. Eu e o pai dele apoiamos demais”, disse toda encantada com o bom desempenho do filho, Isadora Lima, assessora jurídica.
Confraternização
De acordo com o André Ribeiro, idealizador do ‘Open Kids’, o evento superou todas as expectativas pelo nível da competição apresentada pelos atletas. “Foi um prazer enorme a gente ter trazido atletas de pelo menos seis cidades para Iguatu. Para a criançada, a gente viu o quanto são dedicados, honra, lealdade e disciplina. No evento eles não estavam para competir com eles mesmos, mas para brincar, se divertir, um momento também com as famílias, com outras equipes. Foi mais uma confraternização para nossas crianças, do que mesmo a luta em si”, destacou André, ressaltando e agradecendo aos pais, familiares e parceiros que contribuíram para o sucesso do evento.
“O jiu-jitsu é uma modalidade de luta agarrada, a qual se oriunda do judô. É um esporte que está em ascendência. O Brasil é considerado o berço mundial do jiu-jitsu, mas atualmente nos Estados Unidos, Emirados Árabes e na Europa tá em ascensão. É uma febre hoje em dia. Todo mundo pode fazer, desde a criança de 4 anos até a pessoa mais idosa. O jiu-jitsu é para todos. É um esporte muito técnico, muita gente compara até mesmo ao xadrez, além da força a gente tem que ter uma mente boa, uma mentalidade boa para romper aquele desafio”, finalizou André.
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