Setor da construção civil define protesto para quinta-feira, 5, em Iguatu

31/08/2019

A mobilização decorre da demora na liberação de crédito para o financiamento pelo programa Minha Casa Minha Vida

Honório Barbosa

A dificuldade para liberação de crédito para financiamento de imóveis por meio do Programa Minha Casa Minha Vida levou o setor da construção civil a programar uma ampla manifestação para a próxima quinta-feira, 5 de setembro, pela manhã, em frente à Agência da Caixa Econômica Federal, na cidade de Iguatu. 

O Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) por meio da diretoria regional e a Associação dos Construtores da Região Centro-Sul estão mobilizados e articulam uma ampla paralisação e protesto. “Vamos parar por um dia o setor da construção civil, reunir caçambeiros, pintores, pedreiros, serventes de obra, bombeiro hidráulico, gesseiro, todo o setor”, disse o presidente da diretoria regional do Sinduscon, Kaoma Pereira. “Precisamos de uma definição de data para sabermos quando os recursos serão liberados, pois prometem para toda semana há mais de 60 dias”. 

O presidente da Associação dos Construtores da Região Centro-Sul, José Eliângelo, disse que a categoria está unida e mobilizada. “Vamos mostrar nossa força e queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de liberação de recursos para que a construção civil, que gera milhares de empregos, não paralise suas atividades”.

Nos últimos dois meses, já ocorreram demissões no setor e o temor dos construtores é de que a demora na volta de liberação de financiamentos para a aquisição da casa própria amplie as dificuldades que o setor enfrente a partir de demissão de operários e suspensão dos serviços.

O setor da construção civil em Iguatu gera milhares de empregos. Os dirigentes das duas entidades de classe estimam em seis mil postos de trabalho de forma direta e indireta. “É uma atividade muito importante para a economia local, que aquece o varejo”, frisou Kaoma Pereira. “Se a construção das casas pararem, Iguatu vai sentir ainda mais um forte impacto que a crise já traz”.

Kaoma Pereira estima que no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior houve uma redução em torno de 40% no volume de financiamentos para a aquisição da casa própria mediante as medidas adotadas de maior rigor para a liberação do empréstimo pela Caixa Econômica Federal.  

Protesto anterior 

Em 30 de janeiro passado, construtores que trabalham em obras do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) promoveram manifestação em frente à agência da Caixa Econômica Federal de Iguatu, no Centro da cidade. O objetivo do movimento foi reivindicar o imediato retorno da liberação de financiamento para aquisição da casa própria do programa MCMV, que estava suspenso desde dezembro passado.

Pedreiros, serventes, pintores, corretores de imóveis, imobiliárias, lojistas de material de construção, segmentos do mercado imobiliário e instituições como o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), Conselho Regional de Engenharia (CREA) e representantes do Rotary Club de Iguatu participaram da mobilização. Uma semana após, houve a retoma dos financiamentos.

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