Mais um acidente na rodovia CE-060, Rodovia do Algodão, na saída de Iguatu para Acopiara, chama a atenção para o agravante da imprudência e do desrespeito com a integridade física das pessoas. Além da imprudência, outro agravante é a falta de sinalização em locais extremamente perigosos, inclusive com histórico de violência.
Uma mulher identificada como Edssandra, que trabalha como manicure atendendo em domicílio, por pouco não perdeu a vida no cruzamento da referida rodovia com a Av. João Vicente Alves, que dá acesso ao bairro João Paulo II. Edssandra trafegava numa moto Biz pela rodovia sentido Iguatu/Acopiara quando foi violentamente atingida por um motoqueiro. A vítima e a moto foram arremessadas à distância, tamanha foi a violência da colisão.
De acordo com o relato de testemunhas que viram o acidente, um homem que estava trafegava numa moto Bros em direção à Avenida João Vicente Alves, placa e identificação não anotadas, avançou a preferencial e atingiu a mulher. As testemunhas disseram que com o impacto da colisão a mulher foi arremessada a distância e só não sofreu gravidades maiores porque usava capacete e roupas longas. Mesmo assim ela teve ferimentos no abdômen, braços, no pé e no rosto. O motoqueiro atropelador se evadiu do local sem prestar socorro à vítima. Edssandra foi socorrida por populares e levada para o Hospital Regional de Iguatu, onde foi medicada e passou por exames. A moto Biz da vítima ficou totalmente avariada.
Protesto
Depois da ocorrência, moradores que residem nas imediações e usuários que trafegam pelo trecho diariamente procuraram a redação do jornal A Praça para denunciar o descaso com aquele cruzamento reivindicando sinalização para o local com o objetivo de reduzir a violência no trânsito. “Isso ali necessita de uma providência por parte dos órgãos responsáveis, naquele dia foi a Edssandra, amanhã pode ser qualquer um de nós”, protestou a usuária Regiane Mendes Gonçalves, 39, que também faz o mesmo percurso diariamente para ir e voltar do trabalho para casa.
Outros usuários que trafegam pelo local também cobram sinalização, semáforo, lombada eletrônica ou redutores de velocidade. “Pessoas já morreram neste cruzamento, outras sofreram lesões graves e ficaram com sequelas, os acidentes se multiplicam todo dia e ninguém toma uma providência cabível”, reclamou o autônomo José Emerson Mota, 28.
Recorrência
O cruzamento já foi tema de reportagem deste periódico quando moradores e usuários fizeram protesto no local reclamando sinalização para diminuir os acidentes. Há registros também de muitas imprudências praticadas por usuários, que cometem infrações graves.
A reportagem procurou a direção do Detran-Departamento Estadual de Trânsito para se posicionar sobre as reclamações dos usuários. Por e-mail o jornal enviou solicitação de resposta para Dr. Júlio, do setor de projetos de sinalização, mas até o fechamento da edição, não houve manifestação do órgão.
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