A Câmara Municipal de Iguatu prossegue com as investigações conduzidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Confederação Andina de Fomento (CAF), iniciando a quarta fase de depoimentos nesta semana. A CPI visa a esclarecer possíveis irregularidades em empréstimos internacionais obtidos pela administração pública, totalizando R$ 250 milhões.
O mais recente depoimento nesta última semana foi de José Gildair de Araújo, conhecido popularmente como “Galego da Estrada”. Atuando como ordenador de despesa da Secretaria de Infraestrutura, Galego foi ouvido por quase uma hora, sendo o sexto depoente da série. Durante seu depoimento, ele negou envolvimento nas supostas falsificações de assinaturas em quatro notas fiscais. “Eu entrei lá no ano de 2020 e fiquei até dezembro de 2023. Em 2024 já não ordenei mais nada perante a Secretaria de Infraestrutura. Tenho certeza que essas assinaturas não são minhas”, afirmou Galego.
A CPI está investigando, entre outros pontos, a autenticidade de uma nota empenhada no valor de R$ 250 mil, supostamente direcionada à empresa ATEPLAN. Galego da Estrada foi enfático ao negar qualquer responsabilidade sobre essa e outras assinaturas suspeitas.
Havia a expectativa de que a atual ordenadora de despesa, Ana Cláudia, comparecesse novamente para prestar depoimento. No entanto, sua ausência levou a CPI a convocá-la para o dia 26 de junho, com a possibilidade de condução coercitiva, caso necessário.
Presidida pelo vereador Sávio Sobreira (PSB), a CPI conta com a participação ativa dos parlamentares Rubenildo Cadeira (UB), Louro da Barra (MDB) e Lindovan Oliveira (MDB). Esses vereadores foram responsáveis por conduzir os questionamentos durante os depoimentos.
Com três meses de trabalho, a CPI da CAF segue dentro do prazo regimental, com a possibilidade de prorrogação por mais 60 dias, conforme necessário para a conclusão das investigações. “A comissão continua empenhada em esclarecer todas as possíveis irregularidades e responsabilizar eventuais culpados, mantendo a transparência e a integridade nas suas atividades”, disse Sávio Sobreira.
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