‘‘O imbecil coletivo não é, de fato, a mera soma de um certo número de imbecis individuais. É, ao contrário, uma coletividade de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem movidas pelo desejo comum de imbecilizar-se umas às outras. Se é desejo consciente ou inconsciente não vem ao caso: o que importa é que o objetivo geralmente é alcançado.’’ – Olavo de Carvalho.
A política, nos últimos anos, voltou, lamentavelmente, a ter o seu alicerce baseado em ideologias medíocres de outrora. Voltamos no tempo. Trata-se de um retrocesso oriundo de uma ‘‘imbecilização coletiva’’ (quem já leu ‘‘O Imbecil Coletivo’’, do saudoso professor Olavo de Carvalho [1947-2022], sabe a que me refiro).
Ocorre, preclaro leitor, que os que estão à frente das torpes pautas da esquerda, passam a influenciar os incautos, os inocentes e os imaturos; isso sem falar nos mal-intencionados, nos covardes, nos oportunistas, que veem nisso um trampolim para chegar às suas vis intenções ambiciosas.
Se entendermos política como ‘‘aquilo que diz respeito ao bem público, à vida em comum, às regras, leis e normais de conduta dessa vida, nesse espaço, e, sobretudo, ao ato de decisão que afetará todas essas questões, e que regula os conflitos sociais’’, podemos dizer, então, que a sua semântica está ameaçada por uma detestável mudança, pois o bem comum ficou em segundo plano, visto que em primeiro lugar está a perpetuação partidarista ideológica no poder, a todo custo.
Em outras palavras, estamos imersos em um lamaçal de ideologias pérfidas; fomos colocados em um universo alternativo ilusório em suas pautas surreais e preocupações medíocres, em nada salutares aos requisitos que realmente importam para uma sociedade sadia e próspera: educação, economia, livre mercado, saúde…
Criaram uma nova forma de cortina de fumaça para a nação. Enquanto distraem o povo com tolas lacrações, às escondidas, desmancham o mercado, o sistema de valores, os costumes, a moral… Desnaturalizam o natural e naturalizam o anormal. E, aos poucos, o povo vai ficando na miséria intelectual e financeira. As taxas e a inflação sufocam o poder de compra; o real se desvaloriza….
Estamos em 2024, ano de eleição. Que o amigo leitor possa alterar o status quo ao menos no que diz respeito ao seu município. Pense bem antes de votar. Não eleja mais um que compactua com similares perversas ideologias das quais lhe relatei.
Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História
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