Durante a programação da Exposição, Agropecuária, Industrial, Comercial e de Serviços de Iguatu, EXPOIGUATU, foram realizadas durante os períodos da manhã e tarde palestras e seminário voltados para a revitalização da cultura do algodão em Iguatu. O evento contou com a participação de técnicos da Embrapa Algodão de Campina Grande, Paraíba, representantes do Governo do Estado, produtores rurais e pessoas interessadas no assunto. Aconteceu também o seminário sobre cadeias produtivas do agronegócio – caprinocultura, ovinocultura, carcinocultura e palma forrageira, além do seminário da cultura do algodão ‘A volta do ouro branco’, no auditório do Rotary Club de Iguatu, entidade promotora da EXPOIGUATU.
De acordo com Gildo Araújo, da Embrapa Algodão de Campina Grande, Paraíba que desenvolve trabalho na região do Cariri, com o plantio de 800 hectares de algodão, há viabilidade na volta da cultura do algodão, “Desde que seja amparada dentro de princípios técnicos, dentro da aceitação de um manejo adequado para que consiga se manter e aprender a conviver com o bicudo”.
Tecnologia e incentivo
O seminário contou com a presença do presidente do Sindicato dos Produtores de Algodão do Ceará, SindAlgodão, Marcos Montenegro, que destacou que o Ceará sempre foi considerado em produzir o melhor algodão do Brasil, por apresentar brilho mais intenso e fibra mais resistente. Ele ressaltou que há dois anos foi iniciado um projeto juntamente com o apoio do Governo do Estado da produção de algodão na região do Sertão Central em Quixadá, Quixeramobim e Morada Nova. “Fomos bem-sucedidos nessas áreas. E agora estamos precisando da adesão da Região Centro-Sul para fortalecer essa cadeia produtiva do algodão nesse programa estadual. Temos hoje tecnologia de convivência com o bicudo. Temos o programa de incentivo do Governo do Estado e financiamento através do Banco do Nordeste. Mas o mais importante é o produtor aprender a conviver com o bicudo. Eu tenho a certeza que a Região Centro-Sul, que já foi a maior produtora de algodão do Ceará, vai voltar a produzir de novo. Na década de 1980, o Ceará chegou a produzir 240 mil toneladas de plumas. Atualmente, produzimos somente 3 toneladas”, disse Montenegro.
O prefeito Ednaldo Lavor reforçou as palavras apresentadas pelos técnicos e produtores afirmando que a cidade tem tudo para voltar a ser a terra do algodão. “Iguatu teve desenvolvimento quando tinha algodão. O bicudo naquela época venceu, mas agora atualmente com toda tecnologia temos certeza que o Iguatu vai voltar mais forte. Além disso, discutimos aqui com eles em outras palestras sobre a cultura da palma forrageira, a criação de ovinos e caprinos, da carcinicultura, além disso uma importante explanação sobre o sistema hídrico do município”. Ednaldo avaliou como positivas as ações, ressaltando que novas ações irão ser desenvolvidas em prol do setor agrícola do município.
Na Região Centro-Sul, no município de Acopiara, ainda existe tradicional usina beneficiadora de algodão, que compra praticamente toda produção de algodão de pequenos produtores da de cidades da região e do Cariri.
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