Por Carlos Levy de Souza Morais (estudante)
No filme “It – A coisa” acontece uma série de desaparecimentos de crianças e adolescentes, inclusive de Georgie, irmão do protagonista. Na obra, é visto que a polícia não consegue lidar com esse número elevado e Georgie nunca é oficialmente encontrado. Infelizmente, situações como essa não se resumem somente às telas, uma vez que atualmente a quantidade de desaparecimentos no Brasil vem aumentando cada vez mais e isso é decorrente de diversos fatores, mas o grande problema é a demora para iniciar as investigações, tanto pela falta de iniciativa de registrar a ocorrência de desaparecimento, como também pela falta de políticas públicas adequadas e eficientes.
Diante desse cenário, é imprescindível ressaltar a importância da iniciativa de registrar a ocorrência de desaparecimento. Há a crença de que é necessário aguardar 24 horas para registrar, porém quanto antes o caso for comunicado, mais eficaz será a busca, isso é o que a campanha “Não espere 24h” visa perpassar. De fato, quanto mais rápido o desaparecimento for reportado, haverá uma chance maior das investigações encontrarem o desaparecido antes de algo acontecer, e o processo burocrático para o início de procura será mais veloz.
Além disso, é necessário atentar à falta de políticas públicas adequadas, visto que, muitas vezes, o processo burocrático atrasa a entrada das investigações, e a falta de recursos e agentes impede que as devidas ações sejam tomadas com urgência. A demora na iniciativa das procuras ressalta em perda de um tempo essencial, acarretando na diminuição das chances de encontrar o desaparecido. E depois, ainda há a preocupação com as famílias, que não possuem suporte adequado, o que agrava o sofrimento psicológico e a sensação de impotência.
Portanto, é de extrema importância a atuação a atuação do Ministério da Justiça e Segurança Pública na criação de campanhas e projetos sociais, como o “Não espere 24h”, o Alerta Amber, dentre outros, e também no papel de vigorar a proposta do Sistema Único de Segurança Pública. Congruente a isso, devem ser criadas políticas públicas integradas que tenham como prioridade a criação de um sistema unificado e ágil de resposta aos casos de desaparecimento, com menos burocracia e mais eficiência. Desse modo, será possível combater o desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil.
(Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte)
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