PARTE III – FINAL
Nas últimas duas colunas trouxemos aqui algumas expectativas do mercado imobiliário, no que se refere a expectativa da atuação dos novos gestores de Iguatu.
É notório existir de fato grande expectativa sobre a nova gestão, uma vez que até então na área imobiliária muita coisa ficou a desejar como manutenção das vias urbanas, reorganização do centro comercial, informalidade que toma conta de calçadas, ruas e galerias, além de uma câmara de vereadores de pouca atuação seja na fiscalização de obras, recursos públicos ou ainda na atualização da legislação voltada ao mercado imobiliário, a qual encontra-se pela decorrência do tempo literalmente em estado vegetativo e caducante.
Ao analisar o centro comercial de nossa cidade, surgi-nos dois aspectos bastante claros e devidamente separados na conjuntura da gestão pública. O primeiro é concordar com tudo o que hoje existe, ou seja, ruas tomadas pela informalidade sem um planejamento de espaços adequados que possa dar qualidade de vida àquelas pessoas, ao mesmo tempo que pode-se propiciar espaços como referência comercial para frequência de clientes, um mercado público que dispensa comentários sobre a qualidade sanitária existente, além de uma estrutura digna de qualquer estado provinciano dos tempos das capitanias hereditárias, estacionamentos tomados por todo tipo de ocupação como é o caso da Avenida Agenor Araújo, entre outros absurdos que infelizmente o dia a dia nos faz ver e lamentar.
Nessa mesma análise temos um segundo aspecto a ser analisado, que é inserção de um planejamento com o condão da gestão pública, tomando as medidas que possam ser legais e sobretudo necessárias para adotar providências e colocar o centro comercial da cidade no rumo certo. Ao contrário do que pensa um gestor “político”, e que diga-se em alto e bom tom não é o que precisamos, fazer o certo não significa desagradar ou “correr o risco de perder popularidade”.
Sobre essas questões vejamos o que temos ouvido há alguns anos na nossa cidade: Implantar serviço de transporte urbano vai perder voto com os mototaxistas, retirar feirantes da Avenida Agenor Araújo perde voto, proibir ambulantes de ficar na frente das lojas que pagam alugueis e alvará é ruim para o prefeito, organizar o trânsito é perseguição, multar quem deixa por dias ruas com entulhos atrapalhando o transito e impedindo passagem de água como ocorre em loteamentos tira votos, entre outros absurdos que como disse nos leva para períodos provincianos.
Diante de tudo colocado no parágrafo anterior nos chega uma pergunta : Tudo bem e quem faz as coisas certas, torce pela limpeza da cidade, por um transporte urbano eficiente que ligue bairros que a cada dia se tornam mais distante do centro da cidade, que precisa caminhar com segurança nas calçadas, estacionar veículo quando se desloca ao centro, paga alugueis e alvarás para funcionar, precisa de uma rua limpa e sem entulhos ? Não estou dizendo que os ambulantes não possam trabalhar, pelo contrário defendo que o poder público de forma urgente os acolha em locais dignos e previamente planejados para exercerem a sua atividade como ocorreu em Fortaleza com a instalação do CENTRO FASHION.
Com a palavra os futuros gestores que estão com a oportunidade de mudar o caminho, o qual temos caminhado atonitamente e sempre retornando para o mesmo local da saída.
BOM FINAL DE SEMANA !
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