A audiência pública que discutiu o Plano de Mobilidade Urbana da cidade ocorreu na quarta-feira, 23, na Câmara Municipal de Iguatu. O foco foi discutir iniciativas para melhorar o trânsito, a acessibilidade e a qualidade de vida dos moradores.
A empresa Certare Consultoria e Engenharia apresentou um diagnóstico detalhado da situação atual da mobilidade urbana, além de propostas, simulações e um cronograma de execução de projetos.
A Certare trouxe à tona alternativas para desafogar o tráfego e melhorar o transporte público, com a presença de representantes de setores chave, como o Conselho de Trânsito e o Departamento Municipal de Trânsito – Demutran.
Chagas Paiva, representante da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), destacou a importância de definir um direcionamento para os investimentos. “A ideia é ouvir a população para construirmos um projeto que atenda às necessidades. Trouxemos alternativas de soluções para que o município tenha um norte na aplicação de recursos”, afirmou.
O engenheiro civil Talyson Bandeira, da Certare, ressaltou a relevância estratégica do plano. “O plano define ações de curto, médio e longo prazo que podem cobrir as demandas da cidade nos próximos 15 anos. Ele é um instrumento necessário para a captação de recursos federais. A ideia é que esse texto se transforme em uma minuta de lei a ser aprovada pela Câmara local”, explicou.
Conforme o chefe de gabinete do poder público municipal, Tácido Cavalcante, o objetivo da audiência foi ouvir as preocupações da população e ajustar o projeto para atender às necessidades locais. “A audiência pública marcou mais uma etapa na construção de um Plano de Mobilidade Urbana que busca promover um sistema de transporte mais eficiente, inclusivo e seguro, reforçando a necessidade de participação popular em decisões que impactam diretamente o cotidiano da cidade”, disse.
Insatisfação
No entanto, nem todos os participantes saíram plenamente satisfeitos. O ambientalista Dauízio Alves criticou o horário da audiência, alegando que dificultou a participação popular. “Nos preocupa a metodologia, que não pode ser apenas um documento frio, mas algo que reflita as lutas da comunidade. Há 11 anos lutamos pela implantação do transporte público, mesmo com uma lei existente e frequentes provocações do Ministério Público. Também nos preocupa o tempo para aplicar essas ações”, comentou.
0 comentários