A greve dos servidores municipais de Iguatu ganhou força nesta semana, após o atraso no pagamento do 13º salário de parte dos trabalhadores. O movimento, liderado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Iguatu (SPUMI), trouxe à tona o descontentamento da categoria, que realizou manifestações em frente à Prefeitura, à Câmara de Vereadores e à sede do Ministério Público.
A crise teve início com a explicação da Prefeitura de Iguatu sobre os motivos do atraso. Em nota divulgada na segunda-feira, 23, a gestão municipal informou que bloqueios judiciais de recursos, destinados ao pagamento de precatórios, impediram o depósito do benefício. Segundo a Prefeitura, os professores receberam seus pagamentos dentro do prazo, mas os demais servidores foram impactados.
Apesar da justificativa, o sindicato considerou a situação inaceitável e anunciou que a greve seguirá até que todos os pagamentos sejam efetuados. A presidente da entidade, Sayonara Fernandes, destacou que o impasse gera graves consequências para as famílias. “Muitos servidores dependem do 13º para honrar compromissos e garantir um fim de ano digno. Não aceitaremos promessas sem ações concretas”, afirmou.
A Prefeitura havia prometido que o pagamento do 13º seria assegurado para servidores de sete secretarias nesta sexta-feira, 27. No entanto, o SPUMI afirmou que ainda há atrasos para servidores lotados nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. A entidade reiterou que a greve só terá fim após o pagamento ser realizado em sua totalidade.
O prefeito eleito de Iguatu, Roberto Costa Filho (PSDB), também se pronunciou. Em suas redes sociais, ele classificou o atraso como “inadmissível” e destacou o impacto financeiro e social da situação. “O 13º salário é essencial para milhares de famílias e para o comércio local. Assumo o compromisso de regularizar essa situação até fevereiro, caso a atual gestão não resolva o problema ainda este ano”, declarou.
Pressão crescente
Os atos grevistas realizados pelos servidores buscaram dar visibilidade ao problema. Na quinta-feira, 26, os manifestantes se reuniram na sede do Ministério Público, solicitando intervenção para assegurar o pagamento do benefício. Já na terça-feira, 24, o protesto foi direcionado à Prefeitura, com discursos que cobravam responsabilidade e transparência da gestão municipal.
Nesta sexta-feira, 27, o movimento ocupou a Câmara de Vereadores, onde servidores reivindicaram apoio dos parlamentares. O clima tenso refletiu a insatisfação crescente da categoria, que pede soluções imediatas para garantir seus direitos e encerrar o impasse.
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