O grupo Junino Nação Nordestina surgiu em 2003 pela vontade de um grupo de brincantes dançarinos em fomentar e divulgar ainda mais a cultura junina na Vila Centenário, bairro de onde surgiu o grupo há 22 anos. Um dos objetivos que serve de alicerce para o grupo é a transformação das pessoas através da arte e da cultura fortalecendo o movimento junino em Iguatu.

“O grupo iniciou no nosso bairro da Vila Centenário. A gente participava de outros grupos e resolveu montar nosso próprio. Com isso avaliamos a questão da metodologia, proximidade e elevar também a cultura do bairro. Tinham quadrilhas aqui antigamente: Amanhecer do Sertão, Asa Branca, fizemos parte de outros grupos da cidade de Iguatu. Em 2003, sentamos e resolvemos montar nosso próprio grupo”, contou Mark Silva, brincante e vice-presidente do grupo.

O Nação Nordestina surgiu com objetivo de criar uma identidade própria. “Nossa metodologia, nosso ritmo, inclusive é um ritmo diferenciado, é tanto que os principais membros são todos família, de sangue mesmo, a diretoria toda é família. Foi início percurso do nosso grupo. As Oceti têm o peso maior, minhas irmãs desde o início estão engajadas em manter essa tradição, mas é complicado, é difícil, principalmente quando se trata de dinheiro. É difícil, patrocínio é difícil, apoio por mais que a gente tenha da Prefeitura é um valor que dividido por outros grupos, e depois do rateio não dá quase nada. Um brincante só em média gasta de 700 a 800 reais. Isso só questão de figurino, maquiagem, sapato, adereço, são mais ou menos isso”, pontuou Mark.

Cultura raiz

Nesses 22 anos o grupo é referência principalmente na formação de brincantes. “É tanto que somos conhecidos por grupo junino escola, aqui todos aprendem não só a dança, a coreografia, mas como se portar. E por aqui a gente continua, a raiz continua mostrando o que é cultura, o que é São João. Realizamos diversas manifestações artísticas tais como: danças folclóricas, amostras culturais, comemorações em datas especiais realizadas no bairro, em outras comunidades e repartições públicas, privadas e em outros municípios”, disse o vice-presidente.

Muitos já passaram pelo grupo. “Por mais que tenha essa rotatividade de brincantes, a gente tem um alicerce fixo, desde que o grupo foi fundado. É muito bom saber que cada um que passa por aqui vai se tornar dançarino melhor, pessoas melhores, pra gente já é uma grande vitória”, comentou Soraya Oceti, presidente do grupo. Ela explica o processo de escolha do tema, figurino, adereços. “A cada ano a gente trabalha com o tema de acordo com o foi decidido pelo grupo. A gente estuda, pesquisa, vai atrás das raízes para poder ficar por dentro da temática e do trabalho que a gente quer mostrar”, disse.

Em pleno mês de fevereiro se falar de grupo junino, é porque eles trabalham e desenvolvem ações o ano inteiro. “Terminou São João, a gente dá um recesso, porque não somos só um grupo de quadrilha, temos também um grupo de danças. Termina o São João e já iniciamos outras atividades. A gente começa os preparativos para o desfile de 7 de setembro. Depois vem dia das Crianças, Natal e assim a gente tem o ano todo de atividades. Mas o nosso forte é o São João. São muitas emoções que não dá para explicar. Tem que viver”, ressaltou a presidente.

As pessoas interessadas em conhecer mais sobre o grupo bastam acessar o perfil do grupo @gnacaonordestina, no Instagram.