Desde criança, Késia Alves tem paixão por esportes. É tanto que estar cursando o oitavo semestre de Educação Física, na Universidade Regional do Cariri – URCA. O judô, começou a praticar por acaso. Acabou se apaixonando pelo esporte. Agora está na busca pela tão sonhada faixa preta.
“Sempre gostei muito de esportes. Na época o Sesc estava ofertando muito esporte, fui à procura de boxe, muay thai, mas só que esportes de lutas que tinha no Sesc era o judô, fiquei curiosa, busquei saber como era e me matriculei no mesmo dia, não tive nem receio. Comecei em 2014, tinha em torno de 13 anos. Foi paixão mesmo. Depois que comecei a fazer judô, não me via mais em outro esporte para praticar. Eu gosto de todo tipo de esportes, mas para estar engajada, procurar competir, estudar todo dia, de estar envolvida foi o judô”, contou a atleta.
O judô, segundo Késia, sempre foi um esporte mais praticado por meninos, há ainda segue assim, com poucas meninas que procuram a arte marcial. “Na época que eu entrei, tinha em torno de cinco mulheres. Com o tempo teve período que tinha só eu. Entrava, saía, mas para se manter, atualmente, tem torno de cinco mulheres, uma que é formada faixa preta sensei Dani, que também veio do projeto do Sesc, tem Iara, mas de turma juntamente comigo tem a sensei Dani”, disse.
Referência
Dentro de academias, professora formada em atividade direta, Késia é a única mulher que ensina judô em Iguatu. “Tem o sensei Wilson Hilário (W Judô), e o sensei Wilson Filho (Sesc), e eu aqui na Gami Fight, mas do gênero mulher, eu sou a única. Eu me sinto um pouco triste porque é um espaço muito limitado, além do preconceito, que infelizmente ainda hoje tem. Vejo que o esporte era para ir bem mais mulheres. Está ainda bem longe aqui do que tem chegado para mulher. Com essa formação que a gente teve no projeto do Sesc, a Daniela não dá aula, mas sempre que a gente precisa de apoio para o esporte ela está aqui ajudando. Ela só não está engajada diretamente dando aulas assim como eu. Ao mesmo tempo que a gente se sente orgulhosa de ter alcançado esses objetivos, a gente se triste porque poderia ser bem mais diferente que é aumentar esse público de mulheres à frente do esporte. A gente vê muita mulher competindo, mulheres representado o Brasil, fora do país, mas de aula é muito difícil”, lamentou.
Késia é referência na prática do esporte, já subiu em pódios por diversas vezes, mas disse que gosta mais de estar no tatame dando aulas, e para isso precisa de muitas capacitações, cursos e aulas que ajudam na formação de atletas. Isso ela tem se dedicado bem. Atualmente está empenhada em conquistar ainda esse ano a tão sonhada faixa preta. “Está com pouco mais de dois anos que conquistei a faixa marrom, depois desse período a gente pode fazer um curso para conseguir a faixa preta. Até a marrom o tipo de avaliação é feita pela associação no meio interno. Já a preta é ela é responsável por outro órgão, no caso a Federação. Ela oferta todo ano esse curso para faixa preta. Não é uma troca de faixa natural. Você tem que estudar 3, 4 meses, se apresentar para sua troca de faixa, no caso da faixa preta o curso tem uma duração de 1 ano, é separado por módulos e os cursos são apresentados no tempo certo. Geralmente módulos presenciais têm que ser feitos fora, na região do Cariri ou Fortaleza. Vai estudando durante o ano, treinar técnicas, ‘kata’, é um pouco mais complexo que uma troca de faixa normal. A apresentação é feita para outros professores que são federados para ser avaliada, que vai dizer que está apto ou não de ser faixa preta”, comentou.
Ajuda
O curso tem o investimento de pouco mais de R$ 2.600,00. “Quando a gente vai para faixa preta, tem todos uns custos, passagens, hospedagem, alimentação, o curso envolve outros professores que são aulas, tem o material de estudo, tudo isso tem que arcar. O curso está em torno de R$ 2.600,00 além dos custos pessoais”, contou.
Késia tomou a iniciativa de fazer uma rifa entre amigos para conseguir dinheiro que vai custear nessa formação. O prêmio é um quimono branco combate Série Ouro ou R$ 440,00. O sorteio será feito após a venda de todos os números, restam pouco mais de 100 números. As pessoas interessadas em ajudar podem fazer o pix no valor de R$ 10,00 para a chave 88.9.9384 4139. Outras informações no Instagram da atleta @prof_kesiaa.
“Resolvi fazer essa rifa para ajudar em parte os custos. Estou à disposição no Instagram ou WhatsApp 88.9 9945 3854”, finalizou.
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