A deforma da Previdência vai aniquilar os pobres brasileiros

05/10/2019

Denilson Feitosa Sancho
(Mestrando em Sociologia, licenciado em Sociologia – UFC)

A história é implacável com os traidores do povo, facínoras da nação. Quem vota nesta proposta de reforma da Previdência pode ficar consciente e se preparar que na próxima legislatura provavelmente não ocupará mais as cadeiras que hoje se senta e não se reelegerá na próxima eleição.

Na dita “oposição” existe uma grande oposição aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras assalariados e classe média no Brasil. Isso vai muito além de ser de direita ou esquerda, tem a ver se eles são a favor a humanidade ou são desumanos quando votam as propostas. E provaram que são desumanos e cruéis votando a favor desta reforma. Como é que esses deputados e deputadas vão de agora em diante ter a cara de pau de dizer que são defensores dos trabalhadores assalariados, de que eles querem a economia no Brasil melhor, que são preocupados com o social, que os país gere empregos, depois de trucidarem a chance de os pobres terem a sua aposentadoria e cobram um extremo sacrifício a classe média, tirando e mitigando a renda desses cidadãos brasileiros, mesmo sendo de uma “oposição” ao governo Bolsonarista? Que hipocrisia!

Lembrando que tanto o PSB quanto o PDT fecharam matéria e orientaram para os/as congressistas votarem contra a reforma previdenciária. No PSB, votaram a favor da reforma Felipe Rigoni (PSB-ES), Átila Lira (PSB-PI), Emidinho Madeira (PSB-MG), Felipe Carreras (PSB-PE), Jefferson Campos (PSB-SP), Liziane Bayer (PSB-RS), Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), Rodrigo Agostinho (PSB-SP), Rodrigo Coelho (PSB-SC), Rosana Valle (PSB-SP) e Ted Conti (PSB-ES). No PDT, também tem parlamentar como Tabata Amaral (PDT-SP), Alex Santana (PDT-BA), Flávio Nogueira (PDT-PI), Gil Cutrim (PDT-MA), Jesus Sérgio (PDT-AC), Marlon Santos (PDT-RS), Silvia Cristina (PDT-RO) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG), que votaram a favor da reforma Bolsonarista.

Lembrando que o PDT é reincidente, em apoiar Bolsonaro, podemos trazer a situação das eleições 2018, em que alguns candidatos a deputados apoiaram Bolsonaro no primeiro abertamente e no segundo foi a vez de candidatos a governador. E pergunta se alguns deles foram desfiliados por apoiar fascista? Nenhum sequer. Qual serão as sanções que ocorrerão agora a esses e essas parlamentares? Do que adianta esses(as) congressistas serem filiados e filiadas a um partido que tem uma linhagem e ideologia totalmente diferente desses e dessas parlamentares? No mínimo esperamos coerência desses partidos, protocolem um pedido formal de desfiliação desses criminosos e criminosas que sujaram as mãos destruindo o presente e o futuro daqueles já vulneráveis socialmente, penalizando os que já vivem na hipossuficiência econômica a serem no presente paupérrimos e futuros miseráveis confiscando os seus direitos à aposentadoria digna integral. E tem mais: eles se sujaram hoje no mar de lama Bolsonarista, mas a história com seu tempo é implacável, não perdoa covardes e traidores dos mais necessitados da nação brasileira. Mesmo se não houve uma merecida e exemplar punição, eles não vão voltar a ter um futuro mandato no Congresso Nacional, não vão se reeleger, mancharam e marcaram suas biografias nesta barbárie neoliberal.

A maioria dos congressistas não fazem um voto consciente e com convicção pessoal. Eles fazem reuniões para acordos espúrios, se contaminam com práticas escusas, serviçais do conchavo antidemocrático que devassa os direitos em troca de dinheiro, não existe interesse coletivo, mas lobby assertivo, que inibe o republicanismo e o que prevalece é demagogia e insensatez. Eu vejo parlamentares falando de que a reforma tem que “caber no orçamento”, que “precisamos enxugar a folha” das aposentadorias, mas não se importam do impacto negativo desta mesma narrativa que aconteceu na reforma trabalhista, fizeram promessas e não cumpriram, hoje é a mesma cantilena de sempre, sistema ultraliberal que arrocha e estrangula os mais os pobres, não deu certo em nenhum lugar do mundo, torna-os cada vez mais pobres.

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