Tão logo disseminou a notícia do fim das atividades para 2020 do colégio Ruy Barbosa, no dia 22 de outubro, ex-professores e ex-alunos iniciaram uma mobilização intitulada ‘Somos Todos Ruy Barbosa’. Da mesma proporção em que tomou o comunicado por meio de ofício emitido pela Companhia Nacional de Escolas da Comunidade (Cnec), mantenedora da instituição, uma articulação nas redes sociais se formou com o objetivo de diminuir os prejuízos da decisão unilateral.
Em meio ao sentimento de tristeza, indignação, entre os alunos, docentes e pais, o movimento contra o fechamento da escola tenta impedir a venda do imóvel e a favor da guarda do acervo histórico da instituição que foi dirigida durante 40 anos pelo professor Édson Luís Cavalcante de Gouvêa.
No sábado, 26, o grupo se reuniu pela primeira vez. Um calendário de atividades foi elaborado. Na terça-feira, 29, uma audiência com o prefeito de Iguatu ocorreu. O gestor disponibilizou os trabalhos da procuradoria municipal. Na quarta-feira, 30, em uma cadeia de rádio aconteceu o lançamento público do movimento. Na quinta-feira, 31, uma audiência pública na Câmara de Vereadores deliberou novos encaminhamentos. Apesar de convocadas, a direção local e a nacional da CNEC não enviaram representantes.
Ato Público
Para segunda-feira, 18, é organizado um ato público em frente ao colégio Ruy Barbosa com apresentações culturais e artísticas, maculelê, danças com ex-alunos, e celebração da memória do colégio e do compromisso com a luta pelo retorno do Ruy Barbosa como bem comunitário e de interesse público. O ato partirá da residência da casa onde residiu Dr. Edson, na Rua 15 de novembro.
Serão articuladas audiências nas Comissões de Educação da Assembleia Legislativa em Fortaleza e na Câmara de Deputados em Brasília, além de Aulas da Saudade, Campeonatos esportivos e shows culturais em resgate da história dos 60 anos do Colégio Ruy Barbosa.
Jurídico
O movimento mostra-se favorável a conversar com a direção e ainda disposta a travar uma disputa judicial pela não venda da área. O colégio foi construído em um espaço de quase um quarteirão e meio no bairro Veneza com ajuda do poder público com doações de terrenos e vendas de rifas e mobilização braçal de empresários e entidades. “É um local da cidade da comunidade. Da nossa sociedade. Desvirtuar o fim do prédio é apagar a história de mais de milhares de pessoas que daqui saíram”, declarou Jaqueline Souza historiadora e ex-aluna.
0 comentários