“O impossível não é um fato: é uma opinião“.
Professor Mario Sergio Cortella
We are back!
Ciência com Café retoma sua coluna quinzenal após um período de férias, já com um acervo de matérias científicas devidamente planejado para o decorrer do ano de 2020. É verídico afirmar que muito já aconteceu em apenas dois meses de “vinte vinte”, uma singular coluna não teria espaço suficiente para descrever todos os fatos… Todavia já é Carnaval, foliões estão todos ligados nos 380 Volts trifásicos, porém, uma leitura sempre é de grande valia. Para essa primeira coluna do Ciência com Café de 2020, o (a) leitor (a) irá degustar uma breve explanação de como os modelos matemáticos podem ajudar a prever casos de doenças, em especial o novo coronavírus (Covid-19) que vem causando milhares de infecções na China continental.
Modelagem Matemática à luz da esperança
O novo coronavírus (Covid-19) é muito parecido com o vírus que originou a síndrome respiratória aguda grave (SARS) que apareceu na China em meados de 2002, causando milhares de infecções em seres humanos em diversos países. Logo, naquela época, foram desenvolvidos modelos matemáticos em que obtiveram vários resultados, como, por exemplo: reproduzir em ambiente computacional a propagação do vírus por meio de simulações, simular diferentes cenários e testar métodos de quarentena. A partir disso, foi possível edificar métricas para frear a epidemia dando foco para campanhas de vacinação em determinado grupo.
Rascunho
Um possível rascunho de um modelo matemático para o Covid-19 – quem sabe vale até uma possível publicação científica – baseia-se no modelo espacial de Monte Carlo. Bem como, em uma breve análise, é possível também modelar a propagação do Covid-19 por meio de um processo estocástico, em que, por sua vez, é adicionado uma variável tempo além da variável espaço. “No frigir dos ovos” é escrever equações que descrevem o número de novos casos com uma taxa de assertividade bastante considerável para o novo coronavírus, reproduzindo as mesmas condições do mundo real no computador.
Desafios
Um dos desafios para modelar corretamente o Covid-19 é que não se sabe o tempo de incubação (mesmo já havendo uma estimação que varia de 1 a 14 dias), no qual o indivíduo não manifesta os sintomas, mas pode transmitir a doença. Nesse caso, é muito difícil controlar e modelar a proliferação, pois não se sabe quem são os indivíduos a serem monitorados, pois esses podem estar infectados, mas não sendo possível detectá-los.
Corrida contra o tempo
Embora o vírus se comporte como um ser vivo e como o impossível não é um fato, e sim, apenas uma questão de opinião, há um grande banco de informações (principalmente porque já há modelos validados como do SARS e da gripe H1N1 que, por sua vez, foram tomados como referências) sobre o Covid-19, com um modelo matemático já descrito e sendo utilizado para fazer predições. Com tais predições, haverá um controle do vírus em meados de abril, porém, previsto um novo surto para o ano de 2021.
Iguatuense, formação em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela UFCG e Yonsei University, Coreia do Sul – Engenheiro Eletrônico da Freehand Engineering, EUA
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