“Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira”. Isaías 26:20
Pandemia e empatia
Diante do caos estabelecido pelo coronavírus, é hora de manter-se lúcido e altivo para acatar as recomendações dos especialistas em saúde a fim de evitar disseminação, contaminação e, provavelmente, mortes em decorrência da pandemia que se nos apresenta. É momento, também, de ajuda mútua, apesar do isolamento, além de não acumular alimentos e produtos de higiene pessoal para que outras pessoas fiquem desabastecidas. Nada acontece por acaso. O egoísmo, o individualismo e o consumismo da sociedade moderna fazem com que as pessoas vivam em bolhas, afastando-se de familiares, amigos, perdendo o que há de mais humano nos seres humanos: a empatia. A pandemia do coronavírus esbofeteia a sociedade que valoriza bens materiais, posses, soberba e vaidades. Claro que vamos sobreviver. E sairemos muito mais fortes depois de tudo isso, inclusive mais solidários e altruístas. Após o caos, sempre emerge uma nova era. Com resiliência, devemos aprender a lição imposta. É preciso saber ler os sinais. Que Deus, em sua infinita misericórdia, abençoe a humanidade e a faça evoluir para a perpetuação da espécie em toda a Terra. Quem (sobre)viver verá!
CNDL apoia fechamento total do comércio em todo o Brasil
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas comunicou em nota oficial sua defesa do fechamento total de todo e qualquer tipo de comércio em território brasileiro, com exceção, dos serviços básicos, como supermercados e farmácias, que devem funcionar com regras de utilização para que se evitem aglomerações. O comunicado acontece em meio a pandemia do coronavírus, em quarentena. Estima-se que o setor do comércio e serviços seja impactado negativamente em mais de R$100 bilhões nos próximos meses. Por esse mapa geral do comércio, e por outro lado, as lojas onlines e serviços delivery crescem para manter a população em casa.
Sociedade civil propõe renda básica para 77 milhões de pessoas
A Rede Brasileira de Renda Básica, o Nossas, a Coalizão Negra por Direitos, o Instituto Ethos, o INESC e outras 21 organizações da sociedade civil lançaram ontem, 20, campanha que propõe a criação de uma Renda Básica Emergencial de R$ 200,00 por pessoa para ajudar os mais pobres a enfrentar a depressão econômica que virá com as restrições impostas pela pandemia. As 77 milhões de pessoas mais pobres do Brasil, ou seja, aquelas que têm renda familiar inferior a 3 salários mínimos, seriam beneficiadas pelo período de 6 meses. Como elas já estão no Cadastro Único, é possível a rápida adoção da medida, alcançando quem mais precisa. São pessoas pobres, negros e negras, mulheres chefes de família, moradores de favelas e periferias, trabalhadoras e trabalhadores autônomos e precarizados, populações tradicionais e quilombolas, pessoas com deficiência, idosos e outros cidadãos e cidadãs especialmente vulneráveis à epidemia e aos seus efeitos na saúde e na economia. Essa iniciativa significaria um investimento de cerca de R$12,8 bilhões por mês – apenas 0,17% do PIB, totalizando 1,05% pelos 6 meses propostos. Um valor baixo perto das riquezas que o Brasil gera, mas que pode fazer toda a diferença para a população nesse momento de crise.
Governo propõe ajuda para 38 milhões de pessoas
O governo já anunciou a intenção de fazer algo semelhante a isso, mas limitando-se a um número restrito de profissionais autônomos – cerca de 38 milhões de pessoas, e por apenas 3 meses. Na proposta apresentada pelo governo, para identificar quem se qualifica seria necessário desenvolver do zero um novo sistema de triagem online, ou obrigar esses trabalhadores a enfrentar longas filas de cadastro – o oposto do que deveríamos fazer durante uma pandemia. A campanha “Renda Básica que Queremos” coleta desde ontem, sexta-feira, 20, o apoio a esta proposta por meio do site www.rendabasica.org.br. Ao mesmo tempo, as organizações envolvidas atuarão junto aos líderes do Congresso Nacional para que deem os passos necessários para concretizar essa medida.
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