O período de 30 dias para que os parlamentares municipais saíssem de seus partidos originais e fossem para uma nova legenda para concorrer às eleições municipais deste ano, conhecido como janela partidária, encerrou na última sexta-feira, 03. Só no sábado, 04, porém, no último dia de filiações para pretensos candidatos, alguns bateram o martelo sobre os novos destinos. Com o troca-troca partidário, os partidos das bancadas na Câmara Municipal de Iguatu (CMI) sofreram alterações: alguns foram ampliadas, outros deixaram de existir.
Dos 17 vereadores que compõem o parlamento, 11 deles mudaram de partido, uma mudança que representa 65%. Somente seis, 35%, dos edis, foram ‘fiéis’ e ficaram acomodados na sigla em que se elegeram.
Situação
O PSD e o Republicanos, antigo PRB, passam a ser os partidos com maior número de representantes no legislativo iguatuense. Em 2019, o PRB anunciou a troca de nome para Republicanos, antes a sigla era representada no parlamento por um vereador, Rubenildo Cadeira, e hoje somam-se à legenda Ronald Bezerra, Diego Felipe, Zilfran Ferreira e Josias Lucas.
A base de governo ainda permanece com 10 vereadores. O partido atual do prefeito Ednaldo Lavor, PSD, tem em suas fileiras a esposa e presidente da Câmara, Eliane Braz, Pedro Alvor, Eudisvan Silva, Marciano do Povo e Bandeira Jr, esse último continua na liderança de governo na casa.
Oposição
Os grupos oposicionistas permanecem com 7 parlamentares divididos em duas bancadas. Na ala que tem como líder o deputado estadual Marcos Sobreira, PDT, o partido só era representado por Mário Rodrigues, mas agora conta com filiação de Marconi Filho que deixou o PROS. Já Vicente Reinando segue no PP. Na base do também deputado Agenor Neto, os quatros vereadores se dividem hoje no PSB com Antônio Baixinho e Lindovan Oliveira. No SD, ficaram Louro da Barra e Edson Adriano.
Siglas “extintas”
Com as mudanças, o número de partidos representados na Câmara Municipal sofreu uma diminuição. Antes, 12 siglas faziam parte da composição do legislativo e agora se resume a seis. Ficaram sem nenhum parlamentar nesta legislatura após o fim do prazo da janela partidária os partidos: PSDB, MDB, PROS, PHS, PTB e PMN.
Eleições
Em meio à incerteza se haverá eleições em 2020, em função do avanço da Covid-19, essa será primeira eleição depois das mudanças na legislação de 2018. A principal delas é o fim das coligações na disputa proporcional – a votação para vereadores, no caso, o que explica a diluição de siglas na Câmara de Iguatu. As alianças na chamada majoritária, para cargos do executivo, continuam permitidas. Com a alteração, cada partido precisará apresentar uma lista completa com candidatos a vereador, sem se coligar com outras legendas. No meio político, a mudança é bem vista pela maioria dos dirigentes partidários. Em geral, eles apostam em um fortalecimento das legendas maiores e na qualificação dos quadros e do debate interno.
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