Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista
Tenho os meus! Meus parentes, minha mãe, meus amigos, meus clientes, meus parceiros.
Tenho meus sonhos, meus valores, meus carinhos e, principalmente, minhas emoções.
Foi com profundo pesar que vi o Presidente da República do Brasil negar tudo o que se está fazendo para salvar os meus, os nossos!
Outro dia, subindo a serra, de onde vieram os Nunes, fui encontrando velhos rostos, enrugados, vincados. Mas felizes.
Pessoas idosas, simples, do povo, da gente. Pessoas que criaram filhos e hoje acalentam netos e relembram sonhos e desejos.
A cada metro da subida, até lá no alto, onde o pico do morro separa as duas bandas e onde a Serra faz cócegas na barriga do céu (como disse o poeta), fui imaginando a vida.
Os idosos que precisam contar suas histórias e deles precisamos para saber o que houve, têm que ser protegidos, acalantados e afagados.
Difícil aguentar a insensatez de um mandatário perdido na ilusão do absolutismo. Difícil não registrar o mal-estar com seu texto pobre, ridículo, estúpido e ignorante.
Sou homem cumpridor de leis e defensor dos direitos. Sou homem trabalhador que honra pai e mãe, que jamais, até aqui, desrespeitou a autoridade ou promoveu a desobediência civil.
Hoje, mais que tudo, não mais lamento o desastre das falas do Presidente da “gripezinha e do resfriadozinho”, apenas sinto pena do país que, isto é, da banda do país que nos legou isso aí.
Quando alguém articula contra a vida pelo capital, não há mais o que dizer que não seja ora idiotice, ora estupidez, ora um imenso dó do nosso povo.
Estou perplexo, pesaroso, triste, e, com o povo que pensa, enojado!
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