A crise pandêmica que assola o Mundo e o município de Iguatu, a reboque, traz uma reflexão sobre como as pessoas estão se cuidando, como estão cuidando das outras, do meio ambiente e dos animais. Esses, por serem irracionais, sofrem mais que os humanos, principalmente os que são abandonados, expostos à violência física, acidentes do trânsito e outros maus tratos.
Nesta edição do A Praça o leitor conhece três casos marcantes de animais da espécie canina que estavam agonizando e foram resgatados por voluntários da ONG Vira Lata de Raça. A instituição vive de doações e mantém um abrigo de canil e gatil, num prédio cedido pelo município, no sítio Tanque, com mais de 150 animais entre cães e gatos.
Apollo
O caso mais emblemático é do cãozinho Apollo, que foi resgatado das ruas de Iguatu em situação deplorável. O animal estava gravemente ferido com o focinho e parte da cabeça deformados. Ele foi abandonado próximo ao IFCE Cajazeiras. O ferimento do focinho era tão profundo que não havia mais pele, o osso estava à mostra. Apollo passou por vários procedimentos cirúrgicos, enfrentou longo período de recuperação e agora está feliz morando com uma família que o adotou.
De acordo com os relatos dos voluntários da ONG, ele estava totalmente desnutrido e ficou sob os cuidados da instituição até ser adotado. Ana Valéria, da ONG Vira Lata de Raça, lembrou que são “Coisas simples que qualquer pessoa de bom coração e que ame os animais pode fazer, uma boa alimentação e medicação. Hoje ele tem um lar, sua mamãe é a Rafhaela Siebra”, contou.
Zequinha
Zequinha foi o nome de batismo dado ao pequeno cão que foi resgatado pela voluntária Thayze, da ONG Vira Lata de Raça, na área do hotel Diocesano. Segundo a protetora, o animal estava ferido, sujo e com uma das patas quebradas. A lesão era tão grave que o local estava cheio de vermes já evoluindo para grave quadro de infecção. Além da fratura exposta na pata, que foi amputada, Zequinha também estava gravemente ferido na boca.
Ana Valéria que Zequinha foi assistido por três veterinários, no próprio abrigo, Dr. Igor Holanda, Dra. Eliene Mendonça e Dr. João Pedro Otoni, que realizou o procedimento. Hoje o animal está totalmente recuperado e foi adotado pela família da protetora Thayze.
Parcerias e doações
No momento a ONG Vira Lata de Raça luta para ampliar as parcerias com a sociedade civil para continuar fazendo este valoroso trabalho em prol dos animais, principalmente esses que são abandonados e ainda são vítimas da violência. A ONG também necessita de voluntários e materiais de limpeza, medicamentos e ração, para prestar assistência aos animais hospedados no abrigo. Há expectativas de que uma ação da Justiça possa destinar recursos de multas ambientais para ajudar na missão.
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