A cada período eleitoral cresce a expectativa nos que fazem o mercado imobiliário de nossa cidade, no que se refere às propostas e futuras ações voltadas ao desenvolvimento em nosso município. Não é de hoje que tenho dito nessa coluna que estamos atrasados e não é pouco em relação à outras regiões de nosso estado, que até pouco tempo encontravam-se totalmente estagnadas e atualmente se constituíram com grande desenvolvimento urbano.
Embora o mercado careça de ações diretas voltadas para a expansão urbana, seja com a construção de loteamentos ou uma verticalização residencial, outros fatores são de grande importância e que precisam de intervenção direta do gestor municipal. Algumas ações como uma urbanização de qualidade nas vias, renovação de equipamentos públicos para atendimento aos moradores, bem como uma política pública voltada para atender as demandas sociais, são estratégias essenciais para colaborar com o nosso desenvolvimento urbano.
Atualmente a nossa cidade possui um número considerável de pessoas vindas de outras cidades e estados, com a missão de trabalhar em empresas privadas, instituições públicas e até para desenvolver atividade empresarial própria. Aos que aqui estão e aos que chegam, ainda estamos a oferecer uma saúde precária com a ausência de um hospital de referência, o que poderia impulsionar a vinda de excelentes profissionais da área da saúde, bairros com infraestruturas de suas vias totalmente arruinadas como se pode perceber no Altiplano II, Cajueiro, entre outros, um mercado público onde as pessoas precisam suportar baratas, mau cheiro e instalações sem a menor condição de funcionamento, ruas com calçadas literalmente invadidas por barracas, além da avenida Agenor Araújo onde não se consegue encontrar um espaço de estacionamento, atualmente ocupados por feirantes que possuem espaço próprio mais que decidiram por usá-los como depósito de mercadorias, fatos que existem desde tempos pretéritos e tem se agravado nos últimos tempos.
As perguntas que mais se ouve são: quem terá coragem de tomar “rédeas” dessa desordem urbana existente? Continuaremos substituindo a gestão eficaz pela famosa gestão “tapinhas” nas costas do eleitor? As ruas continuarão sendo invadidas por falta de uma posição administrativa firme, que troque o agrado de alguns pela necessidade de fazer o certo? Quem terá coragem de instalar transporte urbano e “desagradar” os moto-taxistas? e por fim quem dos que aí se apresentam para resolver os problemas existentes, terá a coragem de dizer que colocará a urbanização no rumo certo, independente de agradar ou não àqueles que se intitularam donos das vias urbanas da nossa cidade?
Até o presente momento não tenho visto nenhum dos que aí se apresentam, falarem abertamente sobre essas situações que sufocam e envergonham a cidade. É necessário que entidades como CRECI, Rotary, Sindicatos, CDL, Associação dos Construtores, entre outras, construam momentos de discussões com as pessoas que querem administrar a cidade, colocando cenários para que possam se manifestar de forma direta, sem “arrodeios” e de maneira clara, para que assim possamos saber como pensam e irão agir diante desses quadros aqui mencionados, para que somente após essas discussões os eleitores possam de fato saber se estamos lidando com algum “lobo em pele de cordeiro”.
No que se refere ao mercado imobiliário como uma ferramenta de urbanização, os investidores possuem uma ligação direta de investimentos com a forma de agir do futuro gestor, afinal ninguém investe em uma cidade que troca as ferramentas de gestão modernas, por gestão de tapinhas nas costas e agrados eleitoreiros a determinados grupos ou categorias, em troca de apoio político e assim desprezando os princípios da gestão pública, quais sejam legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Na próxima edição traremos uma análise do mercado imobiliário em relação ao poder legislativo municipal, e o que se espera da próxima câmara de vereadores de nossa cidade.
Bom final de semana!!!!!!
0 comentários