O período da pandemia, iniciada em março de 2020 e com maior gravidade até o final de 2021, foi decisivo para o aumento do IGPM, Índice Geral de Preços do Mercado, que é o principal índice de correção de aluguéis em todo o país. É importante destacar que esse índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas.
O IGPM é formado pelo IPA (Índice de Preços do Atacado) com 60% de participação na composição, 30% pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e 10% pelo INCC (índice Nacional de Custos de Construção).
Desta forma, grande parte do indicador é composto por commodities ligadas ao setor industrial, como minério de ferro, cobre e alumínio, e também do agronegócio, onde citamos por exemplo o milho, a soja e o trigo. O problema é que ocorreu uma grande desvalorização cambial, e esses produtos citados são cotados em dólar, o que elevou de forma significativa os seus preços e como consequência elevou o IGPM a patamares jamais visto no mercado imobiliário brasileiro.
Após atravessar o período mais grave da pandemia, o mercado de commodities está desaquecendo e os preços de vários produtos cotados em dólar começam a desacelerar, influenciando de forma direta no referido índice. Em meio à crise o IGPM chegou 35% o que fez muitas imobiliárias e locadores, realizarem acordos e aditivos em contratos de locações para que fosse mantido a relação contratual.
No último mês de abril do corrente ano o IGPM foi de 14,66%, onde se pode vislumbrar que o caminho para a normalidade vem ocorrendo aos poucos, embora a inflação em alta que impacta diretamente no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), esteja prejudicando o retorno a percentuais existentes antes da pandemia.
Por fim, somente o retorno do comércio global a uma normalidade, além da diminuição da inflação em nosso país, poderão possibilitar uma retração do IGPM o que terá como resultado aluguéis com valores menores para os locatários.
Na próxima edição falaremos sobre a CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS de um imóvel!
Até breve!
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