Comecei a ler – como toda criança que nutre um mínimo de interesse pelo conhecimento – os bons e velhos gibis (aos quais chamávamos de “revistinhas”) na saudosa década de 1990. Os gibis d’Os Trapalhões, Turma da Mônica, Senninha, Pato Donald, bem como uma infinidade de personagens da Disney fizeram parte das minhas noites prazerosas de leitura.
Depois, naturalmente migrei, junto com a adolescência, para leituras mais condizentes com os hormônios aflorados dessa fase. Nessa época, as revistas sobre o bom e velho Rock e Metal também se fizeram presentes, uma constante em minha vida. Em seguida passei a interessar-me por leituras mais densas. Passei a admirar a Literatura, a Filosofia, a Religião e, bem mais à frente, a Política. E isso não teria se dado por acaso. A leitura de grandes autores – das mais distintas áreas – deu vazão para fomentar os meus pensamentos sobre o mundo e suas complexidades.
Com o tempo, passei a inclinar o olhar sobre os pontos de vista divergentes contidos na mídia impressa e virtual. Visitei sites de jornais famosos do Brasil – de São Paulo e do Rio de Janeiro. Dei por conta de que, independentemente da circulação e da tiragem, o periódico é uma importante ferramenta formadora de opinião e entretenimento. Ele nos permite enxergar para além das amenidades, do basilar sobre assuntos extremamente necessários para formar a opinião grupal e individual.
Veja como exemplo, caro leitor, esta edição que tens agora em mãos no seu aparelho celular. O segundo decênio do jornal A Praça não se deu mediante temperança; mas sim permeado por desafios e intempéries de toda sorte. Mas sempre compromissado com a notícia imparcial, brindando o eleitor com a mais diversificada e honesta gama temática e colunistas com seus pensamentos antagônicos, divergentes entre si e, noutras vezes, também similares. Trata-se de oferecer ao leitor uma variada maneira de ver determinado tema e dar, com isso, bases para que o leitor possa concordar ou discordar livremente sobre o que se lê.
A função social de um periódico como o A Praça é de suma importância para comprovar, através de relatos fidedignos, a história de uma região e do seu povo. Ele nos informa não apenas sobre a abrangência do que ocorre no mundo ou no país, mas nos traz para mais perto de nós mesmos quando dá a conhecer o que se passa no nosso estado, na nossa cidade e circunvizinhança.
A tecnologia não foi capaz de apagar o brilho da mídia impressa, preclaro leitor – embora ambas possam, isso sim, andar de mãos dadas para agregar valor e otimizar a informação por mais vias. Compromisso com a informação, eis a marca de um autêntico jornal. Assim como as revistas em quadrinhos tiveram a sua importância na minha infância, o jornal impresso deu continuidade nesse quesito na fase adulta, haja vista que, do contrário, poder-se-ia, qualquer um, facilmente nutrir uma frustração se assim não fosse.
Portanto, caro leitor, valorizemos e celebremos o vigésimo aniversário deste salutar periódico genuinamente iguatuense, pois ele é, para além de um fato ícone inédito na nossa cidade, um motivo de orgulho da narração da nossa história de sucesso! Conquista nossa, caro leitor! Vida longa ao A Praça!
Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História
0 comentários