Com as obras de reconstrução em andamento, surge outra Av. Perimetral. Agora o trecho está sob os serviços de engenharia e expondo suas partes, as quais pouca gente conhecia. Máquinas pesadas, entre essas, retroescavadeira tamanho GG, tratores, patrol, caçambas, compactadores e caminhões-pipa, com seus motores rompendo o vácuo e fazendo cortes por dentro da terra, extraindo suas camadas de barro original, ainda dos tempos remotos da construção.
A velha avenida com seus percalços começa a desaparecer. Nas paredes laterais do trecho escavado é possível ver as marcas do tempo, dos anos em que a avenida ganhou camada após camada de material inadequado. Ali era uma lagoa só. O período em que começou a ganhar aspectos de estrada beira os anos 1960.
Agora com as obras naquele pedaço da avenida, exatamente aquele que corta a lagoa da Bastiana, há uma sucessiva sequência de camadas de novo material, preenchendo as escavações, uma espécie de suporte para aguentar a pressão do trânsito. Sem isso, a Perimetral era só transtorno, principalmente quando chovia. As obras que estão em andamento nunca foram executadas antes. Por isso, a cada inverno a Perimetral era um festival de buracos, água estagnada e muita reclamação do povo.
Em toda extensão da obra, um labirinto de manilhas de cimento, formando um canal para desaguar na lagoa. Por ali vai escoar a água, que antes, ao invés de seguir seu itinerário correto, ficava acumulada na superfície, ou infiltrava no solo transformando a base da avenida num terreno encharcado e instável, gerando inúmeros transtornos. Era assim, ano, após, ano, uma avenida danificada e uma população indignada.
A obra
Aderlor Feitosa, engenheiro responsável pelas obras, explicou que todo o percurso da avenida, num trecho de 3,6 quilômetros, vai receber o novo material que compreende uma camada de brita (pedra de maior porte), depois camada de pó de pedra, e duas de sub-base e base, para em seguida receber o piso de tijolo intertravado. A nova Perimetral não terá mais camada asfáltica.
Trânsito somente por um lado, poeira, trechos interditados, máquinas na pista, operários trabalhando. Esta é a Perimetral de hoje. A obra está sob a responsabilidade da construtora Teixeira Construções. O empresário Antônio Luiz está confiante que desta vez a obra, que é vital para a cidade, será, de verdade, uma obrada edificada e firme.
A avenida de aproximadamente 3,6 quilômetros, que ganhou o nome do ex-prefeito Carlos Roberto Costa (saudosa memória), integrada à Rodovia CE-060, que homenageia outro iguatuense ilustre, o compositor Humberto Teixeira, interliga a cidade de ponta a ponta. Recebe e distribui o fluxo de veículos, motos, ciclistas e pedestres, para toda a área urbana e ainda alimenta os braços das rodovias de chegada e saída. Podemos dizer, sem medo de errar, que a Avenida Perimetral é o pulmão de Iguatu.
0 comentários