“A slumber did my spirit seal;
I had no human fears.”
William Wordsworth
A verdadeira poesia é retiro, silêncio e contemplação. Está longe do visível, do popular, do modismo. É autêntica emotion recoleted in tranquility (Wordsworth).
Foi assim a experiência e a lavra poética da norte-americana Emily Dickinson (1830-1886). Ela viveu em total solidão, tendo publicado poucos poemas. Sua poesia é densa de filosofia e simbologia. Quase toda póstuma. Contam os biógrafos que andava sempre com lírios às mãos, trajando sempre branco. Uma sílfide, uma sacerdotisa da poesia pura.
Ao refinado leitor oferecemos, em decassílabos, uma tradução de um dos seus poemas.
How happy is the little stone
That rambles in the road alone.
And doesn’t care about careers,
And exigencies never fears;
Whose coat of elemental brown
A passing universe put on;
And independent as the sun,
Associantes or glows alone,
Fulfiling abolute decree
In casual simplicity.
Pequena pedra, tão feliz, jogada;
Tão solitária a rolar pela estrada.
E de carinhos nunca precisou;
E medos jamais experimentou.
Vestida com um marrom sobretudo,
À universal morte e a tudo
Sobrevive e do sol independente.
E sozinha, a brilhar, indiferente,
Cumprindo a sua absoluta verdade
Em uma casual simplicidade.
Tradução: Everton Alencar
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