Artigo
Luan Nogueira*
Na canção “Vilarejo”, a cantora Marisa Monte apresenta um modelo ideal de sociedade, no qual não há pobreza. Já no cenário nacional contemporâneo, a manutenção do desequilíbrio social ocasiona uma crescente população de rua. Tal problema permanece devido à falta de oportunidade e desestrutura familiar.
Dentro dessa perspectiva, é notável que mesmo após as políticas sociais de bem-estar, implantadas depois da Segunda Guerra Mundial, nações como o Brasil ainda reproduzem quadros de pobreza e exclusão. Isso pode ser provado pelo fato de que muitos moradores de rua se encontram nessa situação devido ao desemprego, e, dessa forma, por não terem endereço fixo, perdem as chances já raras de ascensão social.
Além disso, a desestrutura familiar, tal como agressão doméstica e pressão psicológica também contribuem de modo negativo para o problema. Mark Twain, em sua ilustre obra “O Príncipe e o Mendigo” já expunha de modo crítico a trajetória do jovem Tom, que, após sucessivas agressões do pai e da avó, decide sair de sua humilde casa em busca de uma vida livre, o que revela a liberdade como uma falsa vantagem da condição.
Logo, medidas amplas devem ser tomadas em prol da resolução desse impasse. Cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com o Ministério da Educação, a criação de cursos técnicos com bolsas estudantis voltadas à população de rua, objetivando não só a saída definitiva das pessoas dessa situação como também a plena integração social delas. Compete também ao aparelho midiático a organização de campanhas referentes à eliminação do preconceito ainda existente.
*Aluno do 2º ano da Escola Modelo de Iguatu
Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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