A repercussão do lockdown no meio lojista

27/06/2020

Das medidas adotadas em novo decreto, assinado pelo prefeito Ednaldo Lavor, na última quarta-feira, 24, o ‘lockdown’ é a de maior repercussão. Nos meios empresarial e lojista, a repercussão das medidas foi imediata.

O presidente da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas, Francisco José Mota Luciano, ‘Dedé Duquesa’, informou que participou de uma reunião na manhã da quarta-feira, 24, oportunidade em que o prefeito apresentou para os líderes lojistas e representantes da rede bancária, o ‘Plano de Contingência’. Carlos Tadeu Rodrigues Rolim, presidente do Sindilojas, também participou da reunião que aconteceu no gabinete do prefeito, na Rua Guilhardo Gomes de Araújo (Complexo Industrial Madeform) bairro Esplanada.

Dedé Duquesa ressaltou que o prefeito Ednaldo Lavor defendeu o fechamento da área central da cidade, incluindo o comércio, para tentar frear o avanço do Coronavírus, já que os números de infecções e casos confirmados da Covid-19 cresceram assustadoramente nos últimos dias. O presidente da CDL lembrou que o prefeito alertava para o aumento de casos confirmados da doença, também nos municípios do Centro-Sul, que integram o Consórcio Público de Saúde. Ednaldo informou, na reunião, que apenas os municípios de Jucás e Acopiara não aceitaram fazer o ‘lockdown’ alegando que têm controle sobre os números de infectados.

Dedé Duquesa, também na reunião, falando em nome da entidade e dos demais diretores, defendeu o funcionamento de alguns segmentos do comércio, principalmente aqueles considerados essenciais. Mas segundo o líder lojista, houve resistência por parte do município, justificando aumento de infectados e contaminados. “Nós não concordamos que fechassem todos os comércios, pedimos que ficassem funcionando pelo menos os considerados essenciais, mas o senhor prefeito foi categórico em afirmar que não havia outra saída, a não ser fazer o ‘lockdown’, por causa das estatísticas de casos confirmados da doença”, frisou.

Lockdown x medidas mais brandas

Roney Lima Verde Moreno – LVM TURISMO

“Como empresário, seria fácil decidir quando estamos assistindo de camarote a nossas empresas entrando em espiral de deficiência econômica, o dilema em demitir ou não pais e mães de famílias e a falta de perspectiva de volta ao normal dos nossos negócios. A atividade em que atuo (viagens corporativas e de lazer), sem dúvida alguma, é uma das mais afetadas e alguns especialistas menos otimistas enxergam uma volta aos padrões que tínhamos em 2019, somente em 2023. Mas apesar de todo esse cenário “catastrófico”, é impossível ficar alheio a tantas mortes, famílias sofrendo e a onda desse vírus cruel e desconhecido se aproximando da nossa porta, com tantos casos já confirmados em nossa cidade e região. Respeitemos… cuidemos uns dos outros, pois mais vidas e menos traumas, mais fácil será a nossa recuperação financeira”. Roney Lima Verde Moreno – LVM TURISMO

Edmundo Clementino, diretor CDL Iguatu

“Acho que nesse momento tão temeroso que estamos vivendo na cidade de Iguatu, todos os esforços tanto por parte da administração pública quanto por parte da população serão de grande valia para que seja exterminado esse vírus tão poderoso que nos cerca, ter que fechar nossas portas por mais uma semana isso é muito difícil para o empresário pois já estamos sem saber o que fazer. Agora só nos resta pedir a Deus que nos proteja e que tudo saia bem”. – Edmundo Clementino – Diretor CDL Iguatu

Dr. Ariosto Bezerra Vale – Diretor CDL Iguatu

“Todas as ações que tenham como objetivo preservar a saúde e a vida das pessoas devem ser elogiadas, porém quando se trata de atitudes de isolamento rígido, como está sendo feito no nosso município, se faz necessário que a sociedade através de suas entidades representativas participem ativamente, com sugestões e ideias, para amenizar o sofrimento das pessoas, já que essas decisões devem seguir um planejamento prévio, sem atropelos e sem assustar a sociedade que já está há tanto tempo em pânico, com razão, devido a essa grave crise de saúde que estamos passando”. – Dr. Ariosto Bezerra Vale – Diretor CDL Iguatu.

“Na minha opinião se tiveres tido uma fiscalização mais rígida no começo não tínhamos chegado ao ponto que chegamos. Sobre o ‘lockdown’ acho que poderia ter sido discutido e planejado com antecedência e dado mais tempo para todos se programar tanto os comerciantes como a população que foram pegos de surpresa e saíram às pressas para comprar tornando um caos nos mercantis e aumento bastante do risco de proliferação do vírus. E para a classe lojista não deixa de ser um grande abalo, tendo em vista que há mais de três meses estamos passando por grandes dificuldades tendo casos de fechamento de várias empresas em nosso município, portanto nos resta agora esperar que ‘lockdown’ tenha resultado positivo e rogamos a Deus que nos proteja”. – Juvenal Júnior – Diretor CDL Iguatu

Gregório Leal – Diretor CDL

“Eu acho que não era o momento. Não era necessário, no momento, fazer ‘lockdown’, até porque o movimento que existe no Centro, e eu passo o dia por lá, só são nos bancos e nas lotéricas. Então não tinha essa necessidade, do jeito que vinha, não existia aglomeração em loja nenhuma, em lugar nenhum, a não ser esses que eu já citei. Então eu acho que foi desnecessário. Eu poderia vir com a fiscalização maior nesses pontos e seguir o que Fortaleza está fazendo, ou então atrasar até uma fase, mas isso aí eu achei um tremendo exagero. Esse ‘lockdown’ e parar, aliás, retroagir, na ascensão que estava tendo coma abertura das lojas”. Gregório Leal – Diretor CDL

Ronaldo Bastos de Lucena – Diretor CDL Iguatu

“Acho que pelos números apresentados deveria ter acontecido há dias atrás. Na minha opinião foi muito mal programada, foi criando um pânico de consumo muito grande. Uma sequência de erro desde o começo da pandemia, várias ações feitas, mais 90% de maneiras erradas desde o início das filas para receberem os primeiros pagamentos”. –Ronaldo Bastos de Lucena – Diretor CDL Iguatu

Valdeci Ferreira de Souza – Diretor da CDL

“Acho a medida correta. Não podemos pensar em redução dos problemas causados pela covid-19 se não contribuirmos com as autoridades que são permanentemente informadas sobre esse problema”. Valdeci Ferreira de Souza – Diretor da CDL

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