Viver a música intensamente. Este é o pensamento do cantor e compositor iguatuense Fábio Lins, 40.

Natural do município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, o inspetor da Polícia Civil, Fábio Lins, adotou Iguatu como sua casa. Fez isso com propriedade, afinal toda sua família é iguatuense. O artista apenas nasceu na cidade da região metropolitana, porque suas raízes estão fincadas no Centro-Sul. “Me considero iguatuense de coração, porque minha vida inteira sempre foi aqui”, disse.

Viver da música. Este é o caminho que o profissional que atualmente serve ao estado como Inspetor da Polícia Civil, quer escolher para ele. Fábio está na Polícia Civil desde 2014. Ele havia ingressado na Polícia Militar em 2009, depois resolveu, através de concurso, ir para a PC. Mas o que ele vive e gosta mesmo é de música. Embora admite que ainda está sendo possível conciliar a carreira de inspetor com a agenda de eventos e apresentações. Compor, cantar, transmitir alegria, amor, emoção, através da voz, e melodias apaixonantes é uma coisa que ele ama fazer. Talento e ferramentas ele tem sobrando.

“Coração dividido”

O trabalho musical de Fábio Lins, a cada dia está alcançando mais pessoas.  Recentemente a música “Coração dividido” interpretada por ele alcançou 12 mil visualizações no Facebook, página de relacionamentos que o artista mantém na internet. A canção que tem a assinatura nos arranjos do maestro Wellington Gouvêa e Jotta Arrais também revela o estilo próprio que Fábio Lins adotou para ele, além da tendência total de ‘sofrência’, febre hoje em dia, nas músicas que têm chegado ao mercado. ‘Sofrência’ já virou marca nas letras das músicas no gênero adotado pelo artista que vai do forró ao bolero.

Autor de várias letras e dono de uma voz grave e romântica, atualmente o cantor se prepara para lançar um CD com músicas autorais, todas interpretadas por ele.

O talento de Fábio Lins está estampado em tudo que ele faz. Oriundo de uma família em que a música sempre foi influente, desde a adolescência ele sempre enveredou pelas interpretações e composições. Já integrou o grupo Senssasamba, tendo dividido o palco em muitas apresentações com seu irmão, o também talentoso Bill do Senssasamba, até resolver se lançar em carreira solo. Foi um dos fundadores da banda Senssasamba, tendo permanecido no grupo por 23 anos.

O avô dele, seu Cláudio (que trabalhou na cantina do colégio Ruy Barbosa), era músico e ajudou também a influenciar nas escolhas de Fábio e do irmão Bill. O cantor se orgulha de ser hoje um multi-instrumentista com habilidade para tocar, violão, cavaquinho, banjo, sanfona e teclado.

A carreira solo do artista começou quase que por acaso. Fábio disse que estava numa seresta do também cantor Jeunny na churrascaria de Assis Careca, no Dia dos Pais, em 2019 quando foi convidado ao palco para cantar. Agradou ao público de tal forma que a partir daquela data resolveu investir em sua própria trajetória. Começou a montar uma banda, adotou o nome ‘Fábio Lins’ e ele mesmo organizou a primeira festa, inclusive com a venda antecipada de mesas, no Rancho Vitória. O evento foi um sucesso e teve ampla repercussão, no meio artístico e musical. Estava lançada a sorte. Nascia o artista, Fábio Lins.

‘Live’ arrecada 1 tonelada de alimentos

Fábio lembra que já estava fazendo shows em restaurantes da cidade quando a pandemia chegou e ele teve que interromper a agenda de apresentações. Sendo um artista criativo e resiliente, ele não se acomodou, começou a fazer ‘lives’ em casa mesmo, somente não ficar fora de ritmo. O artista lembra uma das ‘lives’ feitas no bar Taberna, que, segundo ele, a meta era arrecadar fundos para ajudar outros músicos que estavam sem trabalhar por causa da crise sanitária, mas que lhe causou surpresa a sensibilidade e participação do público, quando foi arrecadada 01 tonelada de alimentos, para doar aos artistas. “Foi um momento muito especial e emocionante, para nós. Fiquei muito feliz em poder ajudar”, afirmou.

Atualmente Fábio Lins está em estúdio trabalhando a gravação do CD autoral, com músicas suas. O cantor disse que adotou de vez o estilo da ‘sofrência’, não apenas por ser um sucesso atualmente, mas também por ser um estilo com o qual se identifica.