Aeroporto de Iguatu pode operar voos comerciais no 2º semestre

07/04/2019

Um sonho acalentado há muito tempo pelos iguatuenses pode se concretizar ainda neste ano de 2019. Estão previstas para o início do 2º semestre as operações com voos comerciais na rota Iguatu-Juazeiro-Fortaleza.

Nesta sexta-feira, 05, aconteceu uma visita técnica ao aeroporto de Iguatu para análise das condições estruturais do local. A visita ocorreu pela manhã com representantes do Governo do Estado, Prefeitura de Iguatu, Câmara Municipal, CDL, Sindilojas, empresários locais, e da empresa MAP Linhas Aéreas, de Manaus, candidata a operar com os voos comerciais. As aeronaves da MAP têm capacidade para transportar de 12 a 68 passageiros por voo.


Cel. Paulo Edson Ferreira, responsável pela gestão dos aeroportos do Estado, Alexandre Nascimento, da empresa MAP Linhas Aéreas, estiveram presentes – (Foto Pedro Douglas)

A comitiva foi composta pela prefeita em exercício de Iguatu, Eliane Braz, Cel. Paulo Edson Ferreira, responsável pela gestão dos aeroportos do Estado, Alexandre Nascimento, da empresa MAP Linhas Aéreas, o diretor executivo, Luswagner A. Silva, Francisco José Mota Luciano – Dedé Duquesa, presidente da CDL, Carlos Tadeu Rodrigues Rolim, presidente do Sindilojas, secretários municipais, vereadores e empresários.

Além da visita ao aeroporto, a comitiva também esteve no comércio para conhecer o funcionamento. Os integrantes disseram que gostaram do que viram, principalmente porque Iguatu trata-se de uma cidade polo numa região geográfica privilegiada, pelos seus acessos rodoviários, o clima tropical e uma população consumidora de aproximadamente 500 mil habitantes. A visita dessa sexta incluiu outras regiões aeroportuárias, Jericoacoara, Canoa Quebrada, Sobral e São Benedito.

A proposta é que o aeroporto comece a operar já a partir do 2º semestre, inicialmente na rota entre Juazeiro, Iguatu e Fortaleza, com a chance de ampliar as rotas para outras regiões, e até para outras capitais como, Recife (PE), Teresina (PI) e Natal (RN).

Segurança fundamental

Segundo os técnicos que acompanharam a comitiva, foram feitas medições da extensão da pista, e serão considerados alguns critérios técnicos como a localização do aeroporto, a infraestrutura interna e externa, a qualidade do pavimento da pista de pouso, iluminação e acesso, que são também critérios técnicos de segurança, essenciais para que o projeto aconteça.

O aeroporto de Iguatu é equipado com pista de pouso e decolagens com balizamento de 1.410m x 30m, que permite inclusive pousos e decolagens noturnos. Este é considerado fator importante para que o município integre a rota aérea comercial.

Alexandre Nascimento declarou que todos os dados levantados pelos técnicos serão analisados, para que a empresa confirme o início das operações de voos regionais. Ele disse que de todos os critérios analisados, o mais importante é o de segurança. “Fundamental é segurança. A gente não pode operar onde não tenha segurança, para isso trouxemos uma equipe para fazer as análises nos aeroportos”.

Segundo Alexandre Nascimento, a empresa analisa as questões relativas à pista e equipamentos, posteriormente a parte comercial. O empresário não quis antecipar qual seria o modelo de aeronave que pode operar na região, pois, segundo ele, depende dos dados coletados na visita técnica para análise.

Rapidez e segurança

A prefeita em exercício, Eliane Braz, disse que o município aguarda o projeto há muito tempo e existe um grande anseio da população pela chegada do serviço de voos aéreos comerciais.

Dedé Duquesa declarou que o projeto dos voos regionais comerciais tendo Iguatu como rota é muito relevante, principalmente para o comércio. Segundo Duquesa, a CDL já vem defendendo o pleito há quase uma década e a possibilidade de sua concretização é animadora. O presidente lembrou que pela falta dos voos comerciais, muitos empresários arriscam a vida em viagens de negócios, quando precisam se deslocar do município e retornar no mesmo dia, fazendo longos percursos de automóvel se expondo à violência do trânsito, em rodovias mal conservadas. “Com as linhas aéreas funcionando, os empresários que têm negócios na capital, por exemplo, poderão viajar de avião, ir e retornar no mesmo dia com mais rapidez e segurança”, encerrou.

Colaboraram: Lindomar Rodrigues, Carlos Quintino, Tércio Júnior

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