Moradores dos bairros Cajueiro e conjunto Pe. Zé Marques reclamam de um problema grave que está ocorrendo nessas comunidades afetando a vida de dezenas de famílias. Pelo fato das residências não dispor de sistema de saneamento, a água usada, que escorre para fora, por não ter para onde escoar, fica estagnada na superfície causando sérios danos, principalmente à saúde das pessoas.
Para piorar, há cerca de um mês, uma equipe da prefeitura esteve no local fazendo um aterramento em outra rua, o que agravou ainda mais a situação. Além disso, o período de chuvas é outro fator complicador, porque alaga o trecho, muitas vezes deixando os moradores ilhados dentro de suas próprias casas. Eles reclamam da água parada e a lama que se forma gerando um mau cheiro insuportável.
A auxiliar de costura, Leilane Medeiros, 38, esta semana enviou solicitação por e-mail para a redação do Jornal A Praça solicitando que a equipe fosse até o local para constatar a gravidade. A moradora, falando em nome das demais famílias, denuncia que a situação é vexatória. “Aqui, nós não podemos sentar na calçada, porque ninguém suporta o mau cheiro. Nossas crianças, sequer podem sair de dentro de casa, além do isolamento social do governo, estamos isolados também por causa dessa água”, reclamou.
Dengue, Zika vírus e Chikungunya
As famílias temem também que a água estagnada seja um prato cheio para o mosquito Aedes aegypti. Teoricamente, o inseto não se reproduz em água suja, mas os moradores não querem arriscar e não afastam a possibilidade de os bairros, por causa da água na superfície, o tempo todo, serem atrativos para o mosquito espalhar doenças como dengue, Zika vírus e Chikungunya.
De acordo com os moradores já foi feito abaixo-assinado para a prefeitura, mas até o momento não houve nenhuma resposta. A moradora Leilane elencou que a casa dela é uma das mais afetadas. Segundo relata, a água estagnada está infiltrando na parede do imóvel e já começa a dar sinais na parte internada da casa. “Pedi a um pedreiro para vir aqui e ele me falou que a lama avança e pode comprometer minha casa. Precisamos de uma providência por parte do município. Nós também merecemos um pouco de atenção”, afirmou.
Prefeitura
A reportagem procurou a prefeitura para responder à reclamação dos moradores. O contato foi feito através da Assessoria de Comunicação do município. Através de mensagem enviada pelo WhatsApp, o secretário de governo, Tácido Cavalcante, informou que encaminhou a reclamação para uma equipe técnica que envolve as secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente. Ainda segundo o secretário, está prevista para este sábado, 02, uma visita dos técnicos ao local, objetivando levantar as condições de iniciar uma ação para amenizar o sofrimento das famílias, já na próxima segunda-feira.
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