Para não fugir à tradição do que ocorre todo período de Semana Santa, no sobe e desce dos preços dos produtos, e até o desaparecimento de alguns deles dos supermercados e feiras livres, neste ano de 2019 os especialistas já identificaram dois deles que estão sofrendo alterações em se falando de preço e abastecimento: tomate e batata-inglesa.
No caso do fruto, o consumidor está neste momento fazendo a pergunta básica: cadê o tomate que estava aqui? Isso porque o fruto vem desaparecendo gradativamente dos centros de abastecimento. O fenômeno vem sendo percebido nas últimas três semanas. Além do tomate, a batatinha também sofre alteração, só que no aumento do preço. Nas últimas semanas, a batatinha-inglesa, produto muito utilizado nos pratos e receitas da culinária, no período da Semana Santa, registra aumento de preço sofrendo uma variação em média de 30%, oscilando de R$ 4,00 para R$ 6,00 em média. Se comparado com os outros produtos do mesmo gênero, beterraba, cenoura, batata-doce, macaxeira, a batata-inglesa foi o produto que registrou maior alta de preço.
No caso específico do tomate, os ambulantes que trabalham com o produto e os supermercados alegam que a ausência do fruto se dá por um fenômeno de mercado, quando diminuiu a quantidade distribuída e aumentou a procura por causa do período. Assim como a batata-inglesa, o tomate, por estar difícil de encontrar, também registra aumento no preço. Por conta disso, o consumidor constatou que neste ano de 2019 a batata-inglesa e o tomate estão sendo os vilões da Semana Santa.
Consumidores reclamam
Os consumidores que foram à feira livre entre a terça-feira, 16, e a quinta-feira, 18, também perceberam quais produtos estavam sendo comercializados com preço mais elevado, e quais também estavam em falta. O agricultor Francimar Paulino, 37, morador da Rua José de Alencar, Centro, reclamou dos preços dos produtos mais procurados; peixe, queijo, os vegetais, frutos e outros itens que compõem os pratos da culinária. “Porque é Semana Santa, quando as pessoas procuram mais esses produtos, eles aproveitam e sobem o preço”, lembrou. O agricultor confirmou que o tomate desapareceu das gôndolas dos supermercados e até da feira livre. Outro agricultor, Cícero Vieira de Souza, 40, saiu de casa na quinta-feira, 18, para comprar tomate. Ele disse que estava difícil de achar e o preço também estava bem elevado. “A situação do tomate é essa: a gente não encontra, quando encontra, a qualidade não é boa e ainda com o preço alto”, reclamou.
Cícera Alves, 33, que trabalha como feirante há mais de vinte anos, explicou que o sumiço do tomate é comum nesta época do ano. Segundo ela, o fruto desaparecer no período da Semana Santa foi só uma coincidência por causa justamente das chuvas e, segundo ela, quando chove intensamente o fenômeno pode comprometer a produção tomateira. “A questão é que está em falta mesmo porque não tem o produto, e por conta disso o preço sobe, a gente comprava a caixa do tomate ao preço de , frisou.
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