Acontece na cidade, dia a dia vamos vendo animais abandonados que aos poucos vão morrendo distante de solução. Só as ONGS vão agindo, são poucas as adoções. Eles se reproduzindo, cachorro, gato e latido, miau bichano alarido, pelos cantos vão surgindo.
Nesta edição A Praça, Murilo Barroso costurou com Rivamoura Teixeira seus versos com muita dor, denunciando os fatos, mostrando com gravidade, esta falta de amor.
Vem cá leitor do jornal, opine quando quiser, animais abandonados é um fato social, passam fome, frio e sede, e nem sabem reclamar, pedem comida com os olhos, porque não sabem falar.
Controle e natalidade nunca sequer foi pensado, enquanto isso os bichos se procriando aos bocados, gato, cachorro e filhote, bicho e homem, lado a lado.
O poeta canta a lua
Detalhes, belezas puras,
Mas também canta as agruras
Com mal não compactua
Quando vai cantar a rua
Toda sofrença, os ais…
Vendo pobres animais
Abandonados, jogados,
Pelos homens maltratados
Ele sofre igual aos tais.
(Rivamoura)
Diariamente, cresce, ainda mais
Em todos os centros urbanos
A presença de seres irracionais
Desprezados por seus donos.
São inúmeros cães e gatos
Sobrevivendo aos maus-tratos
Gerados por perversos animais.
Iniquidade que corta o coração
Dos poucos, que sentem compaixão
No frio mundo, dos entes racionais.
(Murilo)
Todo dia a gente escuta
Falar que cachorros, gatos…
Serem vítimas de maus-tratos
Tratados de forma bruta
Vamos mudar a conduta
Criar uma nova ação
Na corrente de união
Pra valorizar a vida
Não é fácil e a saída
É o debate e a discussão.
(Rivamoura)
É bem triste o que se ver
Pelas ruas e praças da cidade.
Muitos caninos e felinos, à mercê
De alguma, remota, caridade.
Digo bondade, que recolhe e acata;
Por exemplo, como a ONG VIRA LATA,
Que alimenta e cuida dos feridos,
Amorosa e imbuída de sanar,
Mas, sozinha, não pode escutar
Todos os miados e latidos.
(Murilo)
Este errado tratamento
Antes já acontecia
Aí veio a pandemia
E tudo teve um aumento
Mas o novo pensamento
Prima pela humanidade
É ato de caridade
Pois há vida em questão
Abra o amor no coração
E forte sensibilidade.
(Rivamoura)
Precisamos abrir nossos ouvidos
E fazermos uma forte parceria.
Vamos cuidar dos seres preteridos,
Abandonados pelas mãos da covardia.
Vamos zelar o gato e o cão,
Recolhendo, fazendo castração;
Além do bem, reduzimos as zoonoses.
Façamos com amor essa adoção.
Não querendo, contribua com a ração,
Pois você não faz parte dos algozes.
(Murilo)
Só se escuta é a miadeira
É zueira, latideira,
Relinchos na estribeira
Ajudam no ganha-pão
Animais em apartamento
Coleira dando tormento
E o poeta pede alento
Nos 8 pés de quadrão.
(Rivamoura)
Quero me doar a essa empreita,
Na busca de uma solução.
Apesar de redundante, a receita,
Não vem ganhando a necessária atenção.
Nós, o setor público e o privado
Temos o dever de irmanados,
Controlarmos esta proliferação.
Do contrário seremos uma só raça,
Vivendo pelas ruas, pelas praças,
À mercê de verossímil situação.
(Murilo)
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