Foi fazendo caminhadas no final da tarde pelas ruas do bairro Novo Altiplano, onde mora, em Iguatu, que a funcionária pública Silvanir Paulino encontrou pelo caminho as pedras que passou a transformar em objetos decorativos. Como num garimpo, ela cata e escolhe as pedras que pelo formato lembram animais e objetos.
“Foi até por acaso. Quando passei a fazer caminhada por aqui, encontrei uma pedra que lembrava uma coruja. Levei pra casa e pintei-a. A partir daí me senti mais motivada em fazer mais e vem dando certo”, diz Silvanir Paulino, ressaltando que a região é rica em matéria-prima. E são muitas delas espalhadas, são grandes e pequenas.
Técnica
O que para outras pessoas pode não significar nada, Silvanir passou a transformar em arte. É num cantinho na casa dela que as pedras são transformadas. Depois de limpar, dependendo da tonalidade da pedra, pode receber uma camada de tinta branca, ou mesmo fazer o rascunho com um lápis. “Eu gosto de fazer corujas. São as minhas preferidas. Já peguei habilidade, não demoro muito mais para fazer. A pedra utilizada pode ser qualquer uma, basta ter a superfície lisinha, para ficar mais fácil de pintar. Utilizo pincéis de tecido e tinta acrílica própria para esse tipo de trabalho. Depois passo uma camada de verniz acrílico, para dar brilho e mais durabilidade à pintura”, explica.
Arte e renda extra
Com criatividade e inspiração, as pedras podem ser transformadas nas mais variadas peças, que podem decorar jardins, ou qualquer outro canto da casa. No jardim da casa de Silvanir, a cascata é feita toda em pedras, tem casinhas, sapos, joaninhas, corujas, cactos, tudo rico em detalhes. Depois que são pintadas, as pedras parecem ganhar vida. E o melhor de tudo é que a arte acabou se tornando uma fonte de renda extra. Os preços variam de acordo com o tamanho da pedra e pintura feita, entre R$ 5 a R$ 20,00. Silvanir Paulino utiliza as redes sociais para vender e apresentar o trabalho que faz.
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