A Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Cidadania na garantia de direitos da população LGBTQIAP+, assim como enfrentar os desafios que ainda precisam ser enfrentados pela política, promoveu na terça-feira, 28, a campanha ‘Iguatu de Todes’. Na oportunidade foi discutida a necessidade de aprofundamento por meio de debates e reafirmação das identidades de gênero e diversidades sexuais para que esses direitos não sejam perdidos e continuem avançando.
Estiveram presentes as equipes técnicas dos equipamentos assistenciais. A ideia é que os profissionais estejam preparados para o serviço de abordagem e acolhimento à comunidade. “O SUAS deve atuar de forma articulada para a promoção de atendimento qualificado ampliando acesso aos serviços e programas socioassistenciais para a população LGBTQIAP+. Infelizmente, em grande parte dos casos, o público LGBTQIAP+ acessa a Assistência Social apenas quando seus direitos já foram violados. Quando falamos em prevenção voltada a essa população, ainda há um grande déficit”, disse Pablo Neves, secretário de Assistência Social.
Na visão da mulher trans Nicole Costa, os equipamentos do SUAS devem, constantemente, buscar formações complementares para que todos os usuários tenham um atendimento adequado. “A criação de equipamentos especializados voltados ao atendimento das violações de direitos desse público é, do mesmo modo, fundamental, pois, nem sempre, o CRAS e o CREAS conseguem atender, de forma específica, a população LGBTQIAP+”, disse.
Polêmica
O uso da palavra “todes”, nova forma neutra de gênero gramatical sem definição de gênero (masculino e feminino) e que permite a inclusão de pessoas não-binárias, provocou muitas críticas nas redes do poder público que anunciaram o evento. O vereador Rubenildo Cadeira (Republicanos) mostrou-se descontente com o uso da linguagem por parte da gestão. O parlamentar chegou a enviar ao legislativo um projeto de lei visando proibir o uso do gênero e incentivar o uso da norma culta.
Também repercutiu áudios de pessoas ainda não identificadas em aplicativo de mensagem que direcionaram ataques homofóbicos ao titular da pasta de assistência e a servidores.
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