As chuvas que causaram mortes de pessoas, animais, além de prejuízos materiais, no Rio Grande do Sul, trazem também preocupação sobre a produção de alimentos, principalmente o arroz, pois aquele estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional.
Diante dessa situação, algumas empresas fornecedoras do grão passaram a orientar os distribuidores medidas que restrigem a venda de algumas marcas para o consumidor final. O Atacarejo SB, do grupo do Sebastião Sobreira, limita a venda de apenas 10 pacotes por CPF, de acordo com o comunicado fixado nas prateleiras da empresa.
Segundo o empresário Júnior Sobreira, não vai faltar arroz, o problema é a logística para esse produto chegar até o mercador consumidor, isso devido à falta de acesso pelas rodovias do estado gaúcho, diante das fortes chuvas. “O motivo não é por falta de grão do arroz. O motivo dessa medida é pela falta de escoamento da produção, por conta dos estragos devido a essa tragédia climática no Rio Grande do Sul. Por lá foram colhidos mais de 83% da safra deste ano. O que tem armazenado e coletado, segundo nos passaram, é suficiente para abastecer todo o país, além de que temos outras regiões que produzem arroz, como Santa Catarina e outros estados em menor proporção”, explicou Sobreira.
“Com relação ao abastecimento, podem ficar tranquilos com as informações que foram nos repassadas, não vai faltar arroz”, complementou, Sobreira. Ele acredita que logo o estado vai voltar a ser o grande produtor que é.
Não vai faltar
“Na nossa empresa limitamos 10 kg de arroz por pessoa para poder assegurar o estoque que temos. Só poderemos comprar na indústria a partir de junho, informação repassada pela nossa principal fornecedora de arroz, mas existem outras marcas que estão fornecendo arroz. A gente acredita que logo vai se normalizar. As pessoas não fiquem aflitas, não vai faltar arroz. Essa decisão partiu a partir do contato com nosso principal fornecedor, a Josapar, dona das marcas Biju e Arroz Beleza. Nós só poderemos comprar arroz com eles a partir de junho. A partir desse comunicado, adotamos essa medida”, finalizou.
A dona de casa Geane Silva disse não temer a falta do cereal. Ela comprou os 10kg que costuma comprar e que dá para passar muitos dias. “Não vejo a situação com medo, apesar de crítica. A gente não pode desanimar, nem perder a fé. Diante dessa questão de comprar arroz, o que devemos fazer primeiro é agradecer a Deus por tudo, rezar e pensar pelos irmãos do Rio Grande do Sul, que estão precisando da gente”, disse.
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