Aterro Sanitário será no Gadelha e tem previsão para funcionar em 2026

18/10/2024

Na quarta-feira, 16, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente – Semace presidiu a audiência pública para apresentar o Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório (EIA/Rima) da Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Iguatu. O evento foi realizado no auditório do Hotel Diocesano.

O empreendimento, proposto pela Revita Engenharia – parte do grupo Solvi, atuante em diversos países da América do Sul –, visa a instalação de um aterro sanitário no Sítio Sinapaúba, (Distrito do Gadelha) situado a aproximadamente 12km de Iguatu em uma área estimada em mais de 400mil m².

Com capacidade para receber até 400 toneladas de resíduos industriais por dia, o projeto inclui uma Unidade de Triagem de Materiais Recicláveis, capaz de processar 16 toneladas diárias, além de uma Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde com capacidade de 6 toneladas por dia.

A audiência foi presidida pelo diretor da Semace Crato, Cícero França, e contou com a presença de importantes representantes do projeto, como o superintendente regional da Revita Engenharia, Bruno Caldas, e o consultor técnico José Eduardo, da Oikos Engenharia e Soluções Ambientais, responsável pela elaboração do EIA/Rima.

Prefeitos, moradores, acadêmicos e ambientalistas, membros do Consórcio Regional de Resíduos do Alto Jaguaribe (CORRAJ) que integram as cidades de Cariús, Iguatu, Jucás, Saboeiro e Quixelô, também marcaram presença.

Os municípios desde 2019 discutem políticas para pôr fim às atividades de seus lixões. Apesar de não ter uma data oficial espera-se que até 2026 seja iniciado o funcionamento do aterro, bem como a recuperação das áreas afetadas.

Cícero França destacou que a audiência pública é uma etapa crucial do processo de licenciamento e não equivale a uma aprovação do projeto. “É importante salientar a presença dos nossos técnicos de licenciamento, que realizarão a análise detalhada do projeto, monitorando de perto todas as atividades da empresa”, explicou o diretor da Semace.

Luciana Gutierrez, superintendente da Solvi, enfatizou as oportunidades que o projeto poderá gerar para a comunidade local: “Estamos aqui compartilhando com vocês e cumprindo o rito do licenciamento ambiental, com o objetivo de obter a Licença Prévia e integrar os moradores próximos na contratação de mão de obra para que possamos construir esse projeto juntos”, disse.

Próximo passo

Após a apresentação dos estudos, o projeto seguirá para análise do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) para autorização e emissão da licença pela Semace. O EIA/Rima é essencial para discutir a viabilidade do empreendimento e os impactos (tanto negativos quanto positivos) que pode gerar, permitindo à comunidade obter esclarecimentos sobre o projeto.

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