A política de Iguatu viveu uma semana decisiva, marcada por audiências judiciais, decisões de inelegibilidade e o acirramento de disputas entre adversários das últimas eleições. Os nomes de Ilo Neto (PT), Roberto Costa Filho (PSDB), Ednaldo Lavor (PSD), Rafael Gadelha (PSD) e Bandeira Júnior (PSD) foram os protagonistas dos desdobramentos que movimentaram os bastidores do poder local.
A semana política em Iguatu expôs uma disputa acirrada não apenas nas urnas, mas agora também nos tribunais, com efeitos que devem repercutir nas eleições futuras e no cenário político da cidade.
Na quarta-feira, 9, o ex-candidato Ilo Neto e o prefeito Roberto Filho compareceram a audiências de instrução referentes a processos que investigam supostas irregularidades nas eleições de 2024 na comarca local. As denúncias que pesam contra os dois podem levar a sanções severas, como a cassação de mandatos ou a inelegibilidade.
Ilo Neto é investigado por suspeita de compra de votos, após a prisão de integrantes de sua campanha em outubro do ano passado. O juiz Carlos Eduardo Arraes decidiu dar prosseguimento ao caso com base nas provas já apresentadas, mesmo com laudos finais ainda pendentes. A defesa do petista nega qualquer ilegalidade e se diz confiante na Justiça..
Já o atual prefeito Roberto Filho enfrenta acusações que incluem abuso de poder econômico e supostos vínculos com facções criminosas, conforme denúncia da coligação “Para Mudar Iguatu”. A Justiça Eleitoral rejeitou um pedido da defesa do prefeito para invalidar entre outras provas suspeitas que apontam pagamentos ilícitos e acordos políticos irregulares. A defesa de Roberto argumenta que a investigação tem cunho político e contesta a legalidade das provas apresentadas.
Independente da decisão que ainda deve ser despachada, a disputa ainda deve seguir para instâncias superiores.
Ex-prefeito e ex-vereadores
Enquanto isso, o ex-prefeito Ednaldo Lavor e seus aliados, Rafael Gadelha e Bandeira Júnior, foram condenados por abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. A Justiça considerou comprovado que o trio utilizou a estrutura da Prefeitura para abastecer veículos de eleitores durante carreatas de campanha. Vídeos e testemunhos reforçaram a denúncia apresentada pela chapa de Ilo Neto, então adversário nas eleições.
A sentença do juiz Carlos Eduardo Carvalho Arrais impôs multa de R$ 10 mil a cada um dos investigados e os declarou inelegíveis por oito anos. Apesar de Rafael e Bandeira terem renunciado às candidaturas antes do pleito, a Justiça entendeu que suas condutas ainda deveriam ser analisadas. O trio poderá recorrer da decisão.
Nos autos do processo, a defesa de Ednaldo Lavor, Rafael Gadelha e Bandeira Júnior argumentou que não há provas sólidas atestando que o suposto abastecimento irregular “foi autorizado, ordenado ou executado” pelo trio. A defesa ressaltou ainda que Rafael e Bandeira renunciaram às candidaturas antes das eleições.
Ednaldo, Rafael e Bandeira podem recorrer da decisão.
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