Maria do Reino Aureliano Bezerra, 49, é uma autônoma dona do seu próprio negócio na feira livre de Iguatu. Há quase onze anos ela montou um pequeno quiosque na Rua Deocleciano Bezerra, no Centro, onde vende seus pratos crepioca e bolo de caco, (chapéu de couro), com café, leite, suco, caldo e salgados. Trabalha de segunda à sexta.No sábado ela se dedica a sua casa.
O pequeno negócio deu tão certo que a mulher que um dia já foi dona de uma loja de roupas conseguiu fidelizar sua clientela. Dona Maria revelou que trocou a loja pelo quiosque e não se arrepende. A inadimplência foi o fator motivador que a fez trocar de negócio. “Tinha muito fiado.O pessoal não pagava e eu ia ficando só com as contas.Aqui é diferente.Vendo e recebo logo, praticamente não tenho prejuízo com fiado”, contou. Os fregueses vão todo dia tomar café-da-manhã no quiosque dela, à base dos campeões de vendas do cardápio: crepioca e chapéu de couro.
Rotina
Para começar a vender cedinho,a rotina da mulher começa às 02h30 da manhã, onde ela mora, no bairro João Paulo II. Às 05h30 já está organizando os produtos no carro para chegar até a clientela. É Maria quem dirige o carro, um automóvel Gol, até o centro da cidade, onde monta o quiosque, com a ajuda do esposo, o mototaxista Antônio Hildo Bezerra da Silva. Ele ajuda a montar e desmontar o quiosque, com os equipamentos que são transportados no carro.A produção é dela sozinha, mas para vender os produtos, conta com a ajuda de uma assistente, a filha Raquel, 27.
As crepiocas e os bolos de caco são feitos na hora. O fogão, uma espécie de chapa de metal, baixa, com quatro pratos, capaz de assar quatro peças ao mesmo tempo, faz com que assim consiga atender rápido os clientes que chegam apressados para comer ali mesmo, levar para casa, ou para o trabalho. A empreendedora revelou que consegue vender em média 150 crepiocas e bolos de caco por dia.Fazendo uma conta rápida, ela consegue vender por semana cerca de 850 peças, o que daria em um mês 3.400 bolos e crepiocas, fora os outros produtos do cardápio.
Simples
Maria Aureliano lamenta que a situação poderia ser melhor se os preços dos insumos não tivessem subido tanto. “Cada vez que vou comprar os mantimentos (açúcar, manteiga, óleo, farinha de trigo, ovos, macarrão, café, leite, carnes), sempre tem um ou mais produtos que subiu de preço, sem se falar da conta de luz e o gás que é o que mais sacrifica a gente”, ressaltou.
A autônoma já conseguiu ultrapassar uma década distribuindo seus produtos, na Rua Deocleciano Bezerra, perto do cruzamento com a Rua Eduardo Lavor. Ela revelou que se sente bem atender as pessoas, produzir e vender suas crepiocas, bolos e outros, atendendo a tantas pessoas, de forma simples, num quiosque desmontável, ali mesmo na rua.
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