Não é de hoje que nessa coluna trazemos comentários sobre a Avenida Perimetral, ou avenida dos buracos, da falta de respeito às pessoas, aos comerciantes, além de outros adjetivos que ao longo da obra foram sendo aplicados pela população.
Aqui já sugeri que a administração isentasse os comerciantes de alvarás de funcionamento e IPTU, uma vez que o impacto nas vendas é gritante e diário, mas infelizmente nada foi feito para proteger empregos e empresas, onde muitas empresas já fecharam as portas e outras continuam convivendo com buracos, lama, poeira, pedra, entre outras dificuldades.
Essa semana fui ao Assaí supermercado e pasmem do centro para aquele estabelecimento demorei 25 minutos, uma vez que pela avenida é impossível chegar em razão do bloqueio realizado, a solução foi entrar no bairro Areias e passando por ruas que mais parecem a perimetral de tanto buraco, consegui chegar ao estabelecimento pela sua saída uma vez que a entrada está bloqueada com a obra. No seu interior poucos clientes e muita reclamação sobre a dificuldade de chegar até lá.
Me causa surpresa ainda é a situação dos cruzamentos onde diga-se em tempo, já ocorreram inúmeros acidentes de pouca e muita gravidade. Na realidade nos sentimos no trânsito da índia, onde não se tem um semáforo ou uma organização de trânsito, e ninguém sabe como se comportar diante de tanta irresponsabilidade no trato com as pessoas e suas vidas.
Gostaria imensamente de saber qual a dificuldade de se reinstalar os semáforos nos cruzamentos do Havena Hotel e no supermercado Lagoa, onde atravessá-los é um verdadeiro desafio sendo colocado vidas e patrimônio em risco.
Acredito que seria de fundamental importância que o Ministério Público agisse na situação, uma vez que dentre as suas missões, uma delas é justamente a defesa dos interesses da sociedade, quando aqueles estão sendo descumpridos ou em riscos, o que acreditamos que esteja diariamente ocorrendo. Nesse sentido, destacamos que na data de ontem 12/04/2024 oficiamos à OAB subseção de Iguatu, para que na condição de instituição que zela pela ordem jurídica e direito das pessoas, possa acionar o MP para agir no caso e em especial no que se refere a reinstalação dos semáforos por quem tem a obrigação de fazer.
Além de todo o transtorno gerado para moradores e visitantes que passam pela nossa cidade, existe ainda o desgaste comercial pelo impacto que a obra tem proporcionado, destacando que atualmente vários prédios comerciais e casas no seu entorno, encontram-se fechados impactando desta forma no desenvolvimento imobiliário da região, trazendo prejuízos aos investidores, locadores e locatários.
Por fim, o pior de toda a situação não é apenas o atraso na obra que é claro e percebível por todos, o que nos traz mais descontentamento refere-se a ausências de ações e procedimentos mitigadores, que podiam estar sendo aplicados para minimizar o caos instalado, como organização de trânsito com funcionamento de semáforos, rapidez em obras que inviabilizam trânsito com prejuízo aos comércios como no caso aqui destacado do Assaí, além de uma melhor sinalização dos espaços em obra, uma vez que os serviços estão sendo realizados por etapas em toda a extensão da Avenida Perimetral.
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