Bairro Primavera: o Raio X de uma urbanização abandonada – Parte I

16/09/2023

Há mais de três anos quando iniciamos essa coluna, defendíamos a necessidade da nossa cidade se preparar para avanços que se encontravam avizinhados e próximo de chegarem. Nesse período vieram empresas novas, faculdade de medicina, ampliação dos cursos superiores no IFCE Campus Iguatu, FIC, FASC, entre outros que possibilitaram a vinda de alunos, docentes e servidores administrativos, que buscavam entre outras coisas moradia seja em apartamentos ou casas, o que como disse não conseguimos nos preparar. A nossa cidade é uma das poucas que se verticalizaram, procedimento que amplia a possibilidade de ofertas sejam residenciais ou comerciais com salas para profissionais, empresas, etc.

Nessa seara alguns loteamentos foram transformados em bairros, como os recentes Mirante Verde, Terra Bela, Cajueiro, entre outros que contribuíram na ampliação urbana da nossa cidade, atendendo assim demandas de munícipes e pessoas de outras regiões que por aqui resolverem morar.

Nesse contexto temos o Bairro Primavera criado há mais de dez anos, e que não conseguiu se desenvolver e atualmente tornou-se um espaço que caminha a passos curtíssimos, com poucas edificações e ausência de serviços públicos, áreas verdes abandonadas, áreas institucionais sem utilização, enfim pedindo socorro aos gestores desde a sua criação.

Para entender o que houve esse colunista conversou com moradores, corretores de imóveis, presidenta da associação do bairro, investidores, proprietários de lotes sem edificação, sendo possível fazer um verdadeiro RAIO X do momento atual, os problemas que motivaram a desvalorização do bairro, a inoperância das gestões, ausência do poder público como norteador da expansão imobiliária, entre outros pontos que nas próximas edições traremos aqui nessa coluna semanal.

A princípio podemos já adiantar que o bairro possui 95.983,61m² com 313 lotes, dos quais apenas 25% encontram-se edificados, tendo 75% sem nenhuma edificação e com muito mato e sujeira, sendo que desses lotes não edificados 60% possuem no máximo 15 pessoas como proprietários, que na época compraram para investir e revender aos construtores, o que não ocorreu em razões da impossibilidade de financiamento de imóveis naquele bairro.

Por fim, somos sabedores que os imóveis lá não podem ser financiados e trarei os aqui os motivos, quem contribuiu para isso, se pode ser revertido, o que o poder público poderia ter feito ou poderá fazer, quais razões da ausência de manutenção nas suas vias, porque existem lotes sendo utilizado como currais e ainda muitos animais soltos dentro da malha urbana e sem a intervenção do poder público, traremos assim todas as respostas para esses porquês.

Bom fim de semana!

 

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