Bastidores – By Marta Alice

23/05/2020

Mil edições

A coluna social do Jornal A Praça é um retrato da história de nosso povo. Ao longo dessas 1.000 edições, acontecimentos que marcaram a sociedade foram aqui registrados. Enquanto colunista social, em menos edições, tive a felicidade de eternizar inúmeros momentos. Aqui eu vi amores nascerem e se solidificarem, famílias se multiplicarem, viagens incríveis aqui foram compartilhadas e tudo isso ser celebrado com o passar dos anos. Aqui tive a honra de anunciar novas profissões em formação, quando os profissionais ainda eram nomes em uma lista de aprovados no vestibular… muitos deles pude compartilhar suas festas de formatura.

Em um era digital, com forte influência das redes sociais, perceber ainda o interesse em um jornal impresso , mesmo tendo sua versão digital, é mágico.

Nesse momento em que enfrentamos mais um desafio por conta do distanciamento social, criatividade e conexão entre as pessoas têm sido nosso objetivo. E é assim que pretendemos permanecer, levando ao leitor o que de fato acontece em nossa sociedade e merece por nós ser lembrado.

Quase um #TBT

Algumas memórias dessas 1.000 edições…

Bodas de Prata

O querido casal Paulo de Tarso e Vanessa Bezerra celebrou 25 anos de uma linda união, de muito amor e cumplicidade, ao lado da família em grande estilo. Parabéns!

Calendário

Ontem, dia 22, Dona Santaninha celebrou seus 92 anos de idade muito bem vividos ao lado da família que construiu. Parabéns!

15 anos

A linda Maria Eduarda, filha de Valéria Moreno e Ricardson Junior, celebrou  a chegada de seus 15 anos ao lado da família com muita festa e alegria. Parabéns!

Conectando

Dando continuidade as nossas matérias voltadas ao período de isolamento, a convidada da semana é psicóloga clínica, educacional e organizacional, Mestre em Ensino na Saúde, Especialista em Saúde da Família e Comunidade, Terapeuta de Processamento de Traumas (Brainspotting e AIM), Docente da UNIVS e Psicóloga educacional da CREDE16, Ariel Barbosa Gonçalves, que fala um pouco sobre Famílias com crianças em tempos de Isolamento Social.

Com a palavra…

Ariel Barbosa Gonçalves,

É impressionante como não estamos no controle de nossas vidas! Verdade óbvia, com a qual temos bastante dificuldade de lidar e conviver. Até dois meses atrás vivíamos como se tudo fosse mais ou menos previsível, íamos dormir com a certeza de no dia seguinte recomeçar a rotina, quase no piloto automático. Era difícil lembrar a última vez que tínhamos estado todos “trancados” em casa, por mais de dois ou três dias, e mais ainda, sendo convocados a uma convivência, um compartilhar dos espaços comuns… De repente, um organismo invisível invade nossa falsa sensação de controle e arranca de nós a tão querida por uns e odiada por outros, “rotina”. E agora?

 Mudar a rotina, seja porque razão for, exige de nós um gasto de energia psíquica a mais, uma maior capacidade de adaptação e resiliência. Sendo em condições como as que foram trazidas pela Pandemia do Novo Coronavírus, implica dizer que esse gasto de energia foi/será ainda maior. Tivemos a nossa liberdade limitada, as nossas vidas e das pessoas que amamos ameaçadas e de uma hora pra outra reaprender a fazer várias coisas que passamos a vida fazendo de um só jeito, dentro de nossas casas. Nesse momento, houve um atravessamento da vida profissional com a pessoal e virou aquele nó: já acordamos trabalhando, sendo pais e donos de casa em tempo integral.

De uma coisa é importante ter clareza: estamos fazendo o melhor que podemos, diante das condições que nos foram impostas. Ninguém precisa ser um super cuidador! Tem dias que a casa pode ficar bagunçada sim, que você vai perder a paciência e talvez dar uns gritinhos que poderiam ser evitados, que a refeição não vai ser a mais saudável, ou que simplesmente você não vai sentir vontade de levantar da cama. Não se culpe por isso, você não está fracassando, só precisa de tempo para se adaptar, assim como todos da sua casa. E como facilitar esse processo de adaptação e convivência com as crianças?

As crianças possuem mais facilidade de adaptação que os adultos, portanto, é extremamente importante a criação de uma nova rotina, o estabelecimento de novas regras e a manutenção das que forem possíveis, para o cumprimento, desde as atividades rotineiras, como banho, refeições, organização do quarto, atividades escolares e horários de lazer, já que a ideia de manter as coisas sob controle proporciona sensação de segurança e bem estar, assim, a possível dificuldade dos papais não interferirá no dia-a-dia da criançada.

É importante que todos compreendam, mesmo que minimamente sobre a situação que estamos vivendo, o que pode evitar o surgimento de ansiedades desnecessárias e contribuir para o fortalecimento das medidas protetivas, então: conversem sobre o coronavírus! Busque entender o que as crianças já sabem, como se sentem em relação ao assunto e que soluções dariam para o que tem passado. Se forem crianças menores de 6 anos, prefira tocar no assunto quando elas trouxerem à tona, mas sempre nesta perspectiva, sem tabus.

A tecnologia tem sido uma das nossas maiores aliadas durante esse momento de isolamento social, muita coisa boa está sendo oferecida on-line e de forma gratuita, no entanto, é necessário filtrar o que é interessante, de acordo com a faixa etária e limitar o tempo de exposição às tecnologias, lembrando que até mesmo o que é bom, de forma excessiva,  pode se tornar prejudicial. Aproveitar a oportunidade e esse tempo em casa para descobrir os gostos em comum da família ou programas e atividades que podem ser assistidos/construídas coletivamente, pode fazer toda a diferença na vida da família depois que o modo #isolamentosocial terminar.

Incentivar e reconhecer a importância do brincar também é fundamental neste período. Através da brincadeira a criança internaliza o mundo externo e reflete a sua organização interna, sendo capaz de expressar suas angústias, estresse, ansiedade, além de encontrar na própria brincadeira fonte de conversão desses sentimentos em afetos positivos e uma forma de lidar com o tédio, além de ser forma de expressão do corpo. Então: dançar, correr, imitar animais, além de ajudar a gastar energia, combatem o estresse e fortalecem o vínculo familiar.

Por fim, eu diria que é humanamente impossível conseguir dar conta de um dia com tantas demandas familiares, pessoais e profissionais, se não houver um tempo para cuidar de si, relaxar, conversar com alguém sobre “os leões que tem matado por dia” ou fazer algo que se goste. O que vai nos preservar a saúde mental neste momento complexo é a certeza de que em algum momento, mesmo que breve, também estamos sendo cuidados, e não estamos sozinhos.

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