Bastidores – By Marta Alice

30/05/2020

Nasceu

O baby Tomás, filho do casal Régis Moreno e Gardênia, veio ao mundo lindo e cheio de saúde para alegrar ainda mais a vida da família. Parabéns!

Festa

Hyldon Masters trocou de idade e celebrou a data com muita festa ao lado da esposa Raquel e dos filhos. Parabéns!

B-day

A bonequinha Maria Clara comemorou a chegada de seus 3 aninhos em casa, mas com uma linda festa preparada com todo o carinho pela mamãe Iany Lima. Parabéns!

Conectando…

Seguindo com nossas matérias voltadas ao cenário atual por conta da pandemia da Covid-19, nessa semana a coluna traz dois convidados que falam sobre Coronacrise no Brasil. Um deles é o Pablo Bandeira, graduando pelo Departamento de Economia da URCA, campus Iguatu, cursando especialização em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria pela UniVS e membro do Rotaract Club e o outro é Julio Nascimento, Doutorando em Desenvolvimento Econômico pela UNICAMP.

Pablo Bandeira

Com a palavra

Um dos termos adotados por pesquisadores brasileiros na busca de uma sintetização das consequências causadas pela pandemia do COVID-19 é a denomina “Coronacrise”. Esse termo funciona como um indicador base para o que está sendo discutido na atualidade, incluindo as características principais dessa crise multifacetada que contempla impactos sanitários, sociais e econômicos.

Diante desse contexto, o cenário econômico brasileiro da atualidade não é composto por idealizações otimistas, mas ao contrário, partem da observação dos impactos do fechamento de diversas atividades econômicas consideradas não essenciais e que afetam diretamente a população. Os impactos econômicos em âmbito internacional é a contração econômica em 2020, de acordo com o FMI, de 3%. No Brasil, a queda é mais acentuada com contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,3%, ou seja, acima da previsão da recessão em âmbito internacional. Com a contração econômica há efeitos sociais para a população, sobretudo com demissões e perda de renda.

Julio Nascimento

Essas medidas são importantes como panorama do que outros países vem fazendo, porém, a estrutura econômica e social da Europa é diferente do Brasil. Enquanto na Europa o fator de risco pelo vírus é a idade, no Brasil o fator de risco se estende para a desigualdade com problemas de moradias precárias, falta de acesso a saneamento básico, desemprego elevado, desigualdade de renda, desigualdade de acesso a saúde e educação além de uma mercado de trabalho com elevada informalidade. Não bastasse esse cenário caótico, o Brasil ainda enfrenta uma crise política.
Além disso, as medidas tomadas no Brasil nos últimos anos como as reformas trabalhistas, da previdência e fiscal trouxeram um novo panorama de precarização deixando a população que necessita de mais Estado em um cenário de maior vulnerabilidade. Essas medidas limitam a atuação do Estado.

Nesse cenário caótico, no Brasil ainda surge o discurso dicotômico que consiste entre salvar a economia ou salvar vidas, ao ser vendido por algumas figuras públicas, ao invés de gerar soluções palpáveis e racionais ao problema que estamos enfrentado, descartam as contribuições científicas, causando problemas entre a população e retardando ainda mais o processo de retomada econômica do país. Ou seja, a preocupação com o cenário econômico não se torna algo que é tratado apenas no presente, mas também no futuro: Como é que vai ser daqui pra frente?

Nesse contexto, a atuação do Estado como órgão garantidor de um fluxo de renda é extremamente necessário com objetivo principal reduzir os efeitos sobre a perda do emprego e da renda da população durante a pandemia e no pós-pandemia na retomada do crescimento econômico, pois as famílias estarão sem trabalho, endividadas e sem renda, assim, não irão demandar e as empresas estarão diante de uma ambiente de incerteza, endividadas e sem renda não irá investir sem perspectiva de demanda.

Assim, o apoio do Estado deve se intensificar ainda mais, sejam por medidas fiscais, monetárias, assistenciais, cambiais e na área da saúde seja pela adoção de políticas de fomento ao emprego e a sustentabilidade a longo prazo de pequenas e microempresas no pós-pandemia.
Essas medidas no Brasil podem ser adotadas amplamente via apoio as empresas com planos de recuperação que envolva crédito ilimitado com prazo longo e baixa taxa de juros, para a população com políticas de distribuição de renda além de investimentos públicos para retomada do crescimento econômico. Ou seja, utilizando das suas diversas ferramentas como medidas sanitárias, fiscais, assistenciais, monetárias dentre outras e garantindo a funcionalidade de suas funções clássicas de alocar, distribuir e estabilizar a economia.

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