Celebrando
A construtora Inova celebrou 10 anos fazendo parte da construção de muitos lares de nossa cidade e região. Ao longo desse tempo, mais do que casas, sonhos se edificaram. Como o período não é de grandes celebrações, a data foi comemorada ente equipe e colaboradores. Parabéns!
Eleito
Em sessão extraordinária, realizada no último dia 4 de forma virtual, o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Ceará (OAB-CE), elegeu a nova diretoria adjunta da instituição. O iguatuense Marco Antônio Sobreira foi eleito diretor adjunto das subsecções. Parabéns!
6.5
Sá Vilarouca celebrou, ao lado da família, a chegada de seus bem vividos 65 anos com muita festa e alegria. Parabéns!
Conectando
O convidado de hoje é Mestre em Sistemas Agroindustriais. Pedagogo. Master Coach Trainer. Especialista em metodologia de ensino. Diretor do Instituto Ivo Lavor que atua no desenvolvimento pessoal e profissional de pessoas e Coordenador de Pedagogia na UniFIC. Francisco Ivo Gomes de Lavor fala sobre o diálogo entre o pedagógico e o tecnológico na docência ativamente remota em tempos de isolamento social.
Faz-se necessário conceituar o que é pedagógico. Tecnicamente, um ato pedagógico se organiza em torno de intencionalidades. Se efetiva na construção de práticas que conferem sentido às intencionalidades. Ou seja, é um ato consciente das possíveis implicações e com um alto grau de previsibilidade.
Na docência, os professores já estavam acostumados a organizar suas aulas de forma a tornarem essas atuações o mais pedagógica possível. A prática educativa formal (desenvolvida na escola) objetiva a aprendizagem do sujeito ali atendido. Dessa forma, a organização, a estrutura, as práticas e as vivências visam sua formação integral. Forma-se o homem político, a pessoa para vida e para o trabalho. A história humana sempre foi marcada pelo ato pedagógico. Nem sobreviveríamos, como raça humana, não fosse a ação de genitores, ancestrais, pedagogos, ou figuras que atuam na perspectiva pedagógica.
Destarte, o pedagógico, já por natureza desafiador, em tempos de pandemia, passou a processar-se de forma remota, em plataformas digitais. E os profissionais da docência, viram-se na obrigação de estabelecer outras estratégias de interação, bem distintas daquelas do ensino presencial, agora marcada pelo distanciamento social e por altas necessidades de inovação e técnicas.
Na real, não foi o “se vira nos trinta” da docência, e sim, “se vira na live”, “se vira na cam”, se vira em horas de preparação para poucos minutos no ar. Além de ser pedagógico, o docente viu-se na necessidade de ser tecnológico, sem reduzir essa interação social (ainda que distante) de maior significado para qualquer sociedade. O ato, agora tecnológico, não poderia perder o sentido de realçar sabores, saberes e de conduzir processos e práticas, pensando no sucesso do ser humano em todas as suas dimensões, o que o tornou mais desafiador ainda.
E a Pedagogia – como ciência – estaria preparada para mediar as tecnologias de informação e comunicação? Ou cairíamos em atos meramente midiáticos, cumpridores de carga horária, sem nenhum peso ou condição de gerar aprendizagem? Seria o ato pedagógico, tão importante no desenvolvimento humano, condicionado a limitações no caso de processado remotamente? Seria possível ser pedagógico e tecnológico ao mesmo tempo?
Questionamentos dessa natureza intrigam educadores e especialistas e colocam todos numa grande nuvem de dúvidas e incertezas.
Diante de todas essas questões, só o pós pandemia poderá trazer respostas mais completas e claras. Por outro lado, há coisas que podem ser afirmadas contundentemente. Primeiro, há práticas docentes construídas pedagogicamente e há práticas docentes construídas sem a perspectiva pedagógica, num agir mecânico que desconsiderar a construção do humano. Segundo, a escola e suas práticas pedagógicas têm tido dificuldades em mediar e potencializar as tecnologias da informação e comunicação.
Dado o exposto, resta-se pensar na relevância da pedagogia, que, por de ter por objeto de estudo a educação, poderia mediar as influências da tecnologia na formação humana. Cabe a ela transformar os processos tecnológicos em processos pedagógicos, e trabalhar pedagogicamente a partir deles.
Enquanto profissional da pedagogia e gestor de um curso de formação de professores, sinto-me na obrigação de envolver-me em ações que se esforçam para tornar a prática tecnológica cada vez mais pedagógica. E por isso que tenho me detido a estudar estratégias de engajamento do discente na educação remota, o que chamo de processo ativamente remoto; e a contribuir com a formação de professores. Após estudos e experiências já organizei dois cursos (na quarentena) no trabalho do tema, a saber, Aprendizagem Ativa: Teoria e Prática e Aprendizagem Ativa 4.0 e estamos organizando uma série que vai denomina-se Educador 4.0, trabalhando conceitos e estratégias de aprendizagem, usando referências de teorias clássicas e contemporâneas (psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, neuroeducação, mediação do conhecimento, gestão dos processos de aprendizagem, entre outros) e validações de experiências exitosas na área.
Por fim, o diálogo entre ato pedagógico e tecnológico não só é possível como necessário. A contemporaneidade traz exigências urgentes, e o que parece mais evidente em nosso tempo é tornar a prática tecnológica docente em uma ação pedagógica como forma de retomar o rumo do processo formativo, que parece está a deriva. A mídia pode formar mal, mas o ato pedagógico tem a obrigação de emancipar o homem e formá-lo para a vida e sua promoção em todas as dimensões.
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