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THALES BEZERRA DE ALCÂNTARA
Médico de Família e Comunidade, Professor Substituto de Medicina da UFPE/NCV, Membro da ABEM, Médico da Atenção Primária do Recife e Plantonista da rede Hapvida
Fala sobre sua vivência enquanto profissional médico e sobre os desafios em saúde da população durante a pandemia
Considerando todo o contexto em que estamos vivendo, de pandemia, com suas consequências de isolamento domiciliar ou de distanciamento social, percebemos muitas pessoas atônitas e até psiquicamente fragilizadas, e desse modo passa por nós a responsabilidade de reconsiderar nossas existências, para que diante o novo normal, que tão logo brevemente se aproxima, possamos desfrutar de dias cada vez melhores.
Enquanto profissional de saúde, reforço nossa ação desafiadora sobretudo neste momento: carga excessiva de trabalho, muitas demandas dos inúmeros pacientes, readequação dos serviços de saúde, seja em atenção primária, secundária ou até mesmo terciária. Toda a logística e os fluxos foram reconstruídos visando oferecer melhores serviços à população.
Como médico de família, cada vez mais estou me voltando para a abordagem centrada na pessoa, que visa considerar o paciente como um todo, indo além de sua enfermidade seja ela física, emocional ou até espiritual, respeitando ainda, o contexto social do paciente, suas vulnerabilidades e suas potencialidades.
Acho que o Brasil e o mundo precisa rever seu modo de viver, suas atitudes e seus hábitos. É momento de ressignificar nossa existência, voltando-se para nosso eu interior, fazendo momentos de insights e de autocontrole, sobretudo emocional, e também valorizar o seio familiar.
Portanto, mesmo diante de tantos desafios, acredito no poder da superação individual e coletiva. Com certeza, nosso sistema de saúde sairá mais fortalecido após esta pandemia, as pessoas estarão mais sensíveis ao seu autocuidado e também ao cuidado do próximo, assim viveremos dias mais harmônicos e solidários, onde a felicidade será uma constate cotidiana.
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