Um caso curioso chamou a atenção das pessoas que estavam numa clínica veterinária na Rua 13 de maio, em Iguatu, no início desta semana. Um cachorro com queimaduras nas duas patas dianteiras entrou na clínica São Lázaro e ficou deitado de frente para o médico veterinário, Dr. Joaquim Marques, como se estivesse ali em busca de ajuda.
O veterinário relatou que algumas pessoas estavam no local e quando a porta foi aberta para uma delas sair, o cachorro aproveitou para entrar. Trata-se de um animal de porte médio, com idade entre 3 e 4 anos, usando coleira. Joaquim Marques contou que o cachorro entrou e deitou de frente para o gabinete dele, olhando fixamente e com as patas esticadas para a frente como se quisesse dizer: “Doutor, o senhor pode me ajudar a sarar os ferimentos das minhas patinhas?”. Dr. Joaquim falou que solicitou ao seu assistente verificar de perto e constatou que o cachorro tinha ferimentos de queimaduras nas patas. Levado para a sala de atendimentos, foi medicado, teve as patas enfaixadas e ficou internado. Agora o veterinário está à procura do dono do animal, que já está recuperado.
Surpresa
Pessoas que estavam na clínica aguardando com seus animais para serem atendidos ficaram surpresas com a atitude do animal. Joaquim Marques ressaltou que o cachorro não tem características de animal de rua, porque está de coleira e aparentemente é bem cuidado. De acordo com a clínica São Lázaro, que é especializada em atendimentos para pets, se o dono do animal não for localizado ele será colocado para adoção. Dr. Joaquim, que está mantendo o cachorro na clínica com a medicação, internação e alimentação, informou que o tutor que se apresentar para adotar não terá nenhum custo. “Se o dono não aparecer, infelizmente teremos que entregá-lo para adoção, porque aqui não podemos ficar com ele, por ser um local apenas para atendimento”. Ele assegura que o animal está saudável é muito dócil e poderá facilmente se adaptar a qualquer família que o adotar.
Joaquim Marques disse à reportagem que ficou sensibilizado com o caso, e considera ter sido um presente para comemorar os 40 anos de sua carreira como médico veterinário. Ele é da turma de formandos do curso de Medicina Veterinária da UECE-Universidade Estadual do Ceará de 1984. Ele disse que já viveu muitas histórias envolvendo sua profissão, mas que esta do cachorro sem nome, sem dono que lhe pediu ajuda, ficará guardada na memória. O médico disponibilizou os contatos da clínica, caso algum tutor se candidate a adotar.
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