Na sessão desta terça-feira, 01, os parlamentares da Câmara Municipal de Iguatu (CMI) se reuniram mais uma vez no modo remoto. Entre os projetos votados o que tratava da permissão do município em repassar o Centro de Convenções de Iguatu para o estado do Ceará. O equipamento situado na Avenida Perimetral nunca inaugurado ou colocado a serviço da população ganha mais um novo capítulo visando o enfim funcionamento. A ideia é que o estado viabilize seu funcionamento, mas ainda sem data definida.
Iniciada em julho de 2011, permanece de forma lenta a obra do Centro de Convenções e Negócios de Iguatu. Desde época da assinatura da ordem de serviço que a construção vem sofrendo sucessivas paralisações. Os motivos foram inúmeros como; desapropriação do terreno, atraso no repasse de verba e denúncias aos órgãos de fiscalização ambiental e ao Ministério Público.
A obra chegou a enfrentar ainda necessidade de adequação do projeto inicial, uma vez que foi ampliado. Conhecido por centro de eventos, a unidade devia oferecer um funcionamento de estrutura básica com mais de sete mil metros quadrados de área construída, com dois auditórios, um 1.038 pessoas e outro com 206 lugares, biblioteca, um laboratório de informática e quatro salas de vídeo.
Abandono
A reportagem no local encontrou o equipamento tomando por vegetação. Cenas de vandalismo como paredes pichadas e ambientes sujos são encontradas com facilidade. Vidraças foram retiradas e outras quebradas.
Recursos
A obra passa há anos por processo administrativo de tomada de contas especial para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública a fim de obter o respectivo ressarcimento. O investimento inicial na estrutura foi de pelo menos R$ 7,5 milhões, sendo R$ 6,9 milhões do Governo do Estado e R$ 611 mil de contrapartida da Prefeitura de Iguatu. Na placa que permanece de pé, mostra que a construção da 2ª etapa do Centro de Convenções foi licitada pelo valor de R$3.008.967,69 com prazo de execução de 180 dias.
Município
O município alega que recebeu a obra inacabada e com um único convênio federal vigente. Os recursos eram para aquisição de equipamentos de refrigeração e pequenas obras civis, como construção de cúpula, piso e muro. O município afirma que a etapa está em fase final de execução. Mas declarou a impossibilidade de adquirir e instalar os equipamento de ambientação pois setores contemplados com outros aditivos não foram concluídos. O poder público local afirma ainda que a redução dos valores equivalentes ao que não foi aplicado será devolvido ao ente federal.
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