A Câmara de Iguatu definiu a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades em empréstimos internacionais, orçados em R$ 250 milhões, adquiridos junto à Confederação Andina de Fomento (CAF).
A CPI foi anunciada após atingir o número suficiente de assinaturas, conforme previsto no regimento. Na quinta-feira, 22, os líderes dos partidos indicaram cinco vereadores de diferentes siglas para compor a comissão.
Ainda serão apresentados de maneira oficial os responsáveis pela presidência e relatoria da CPI. Segundo apurações, a composição deve ficar a cargo de Rubenildo Cadeira (Republicanos) e Sávio Sobreira (PDT), respectivamente. Na CPI, a relatoria desempenha um papel fundamental na conclusão do documento. Ainda deve ser divulgado o calendário de reuniões e convocações para depoimentos.
Os demais membros da CPI incluem os vereadores Marciano do Povo (PSD), Lindovan Oliveira (PSB) e Louro da Barra (SD).
“Foram adquiridos R$ 153 milhões do total. Já foram gastos em obras R$ 30 milhões. Há consórcios que foram contratados sem CNPJ, há pedidos de reajuste de R$ 53 milhões. A CPI é um instrumento democrático. Não entendo o medo da situação da CPI, eles têm número de parlamentares suficientes para abrir qualquer CPI”, disse Rubenildo Cadeira (Republicanos), líder da oposição.
Os vereadores da base governista não indicaram nomes, alegando a não inclusão de outros empréstimos contraídos nos últimos anos. “Não podemos instaurar uma CPI de algo que vai acontecer, penso. Os dados da CAF nos mostram que foram adquiridos entre março de 2023 até dezembro um pouco mais de R$ 16 milhões, cerca de 14% do total. Ednaldo contraiu 1% do total até aqui. Desejo boa sorte à CPI, mas nossa bancada só participará se a comissão ampliar os demais empréstimos adquiridos por outras gestões”, afirmou, Rafael Gadelha (PSD), líder do governo.
Projetos aprovados
Na mesma sessão, dois projetos de interesse dos agentes comunitários de saúde e endemias foram votados. Um deles concede incentivo financeiro adicional e o outro regulamenta a jornada de trabalho desses profissionais. Ambos os projetos do executivo foram aprovados por unanimidade.
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