Raimunda Lino e seus dois filhos sempre que podem vão até a Casa de Acolhimento Padre José Marques, no Bairro Joaquim Távora (Prado) em busca de comida. A renda da principal da família é R$ 400,00 do programa de auxílio do Governo Federal. “Pra gente, esse espaço aqui é a salvação, porque é aqui onde as crianças conseguem comer uma comida melhor, uma comida bem feita, gostosa. Graças a Deus, que existe esse espaço. É nossa janta. A gente vem aqui e sai de barriga cheia”, ressaltou a dona de casa, afirmando que com os R$ 400 paga aluguel, água e energia elétrica. “Não sobra pra comida, pra nada. A gente almoça na Cozinha Comunitária e janta aqui. É muito ruim um filho pedir uma coisa pra comer e não ter em casa”, lamentou.
Essa situação se reflete na maioria das pessoas e famílias que buscam a Casa de Acolhimento. São mais de 150 pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos atendidas diariamente, sempre no final da tarde. Deste a última quarta-feira, 22, o refeitório foi reaberto para atender o público. O espaço foi ampliado, assim como a parte da cozinha, que recebeu revestimento cerâmico, e armários. Mas ainda falta muita coisa. Segundo a direção do projeto, que é mantido pela paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, falta mobiliário e utensílios novos, além de material para construção de um depósito para melhor condicionamento dos alimentos. Por isso a campanha para continuidade das obras continua.
Mesmo durante a pandemia da Covid-19, o atendimento sempre foi feito com a distribuição de refeições, quando a demanda diária passava mais de 200 quentinhas. “A gente fica bastante feliz em poder ver eles de volta aqui dentro do refeitório. Antes, mesmo na pandemia mais crítica a gente estava aqui ajudando no preparo das refeições. A gente via a luta do padre João Batista em manter essas pessoas alimentadas. A gente continua aqui. É muito gratificante. Não tem dinheiro que pague o serviço que a gente faz aqui. Pelo menos eu faço isso com muito prazer. Só Deus para recompensar, principalmente as pessoas de fora que ajudaram e continuam ajudando a dar comida todo dia para desse tanto de gente”, declarou a voluntária Maria Costa.
Doações
A reforma teve início em novembro do ano passado. A previsão é que em agosto com a conclusão das obras e novos mobiliários, entre mesas e cadeiras, o espaço seja reinaugurado. O projeto social não tem renda, depende de doações, as pessoas podem ajudar com a doação de alimentos, utensílios domésticos ou mesmo ajuda financeira.
O telefone de contato disponível para mais informações é 88. 9.9957. 6656.
0 comentários