A agricultora Dionísia Gonçalves mora no Sítio Banquinha, na zona rural de Mombaça, distante pouco mais de 100 km de Iguatu. Ela veio a Iguatu acompanhar a mãe que está passando por tratamento de saúde no Hospital Regional. Sem ter onde ficar na cidade, conseguiu uma vaga na Casa de Acolhimento Irmã Dulce, que funciona no bairro Esplanada.
“Eu não conhecia, indicaram pra gente. E vim tentar ficar aqui. Graças a Deus que deu certo. Tô no Iguatu desde sábado, tava na casa de uma senhora que me deu estadia até no domingo. Depois disseram que existia esse lugar e estou aqui. Nunca tinha visto uma coisa dessas em canto nenhum. Tudo limpo, lindo, povo acolhedor. A gente se sente em casa”, afirmou Dionísia.
Esse é o objetivo por que foi criada a casa de acolhimento: fornecer abrigo para quem necessita. A casa é grande, conta com sete quartos, todos são climatizados, com banheiros adaptados e camas individuais. A casa foi bem projetada para oferecer um pouco de conforto conta ainda com sala de TV, elevador para cadeirantes, varanda, uma capela e refeitório, tudo isso para quem precisa do local. “Esse é o nosso trabalho: servir bem quem nos procura. Aqui a gente se doa também, dá um pouco de amor pra eles e recebe também esse carinho. A gente não imagina o tanto que tem gente que sofre nesse mundo e às vezes por pouca coisa a gente se lamenta”, destacou a auxiliar de serviços gerais Elizângela Duarte.
Maria Hilda pelo menos três vezes por semana frequenta a casa. Conta que desde a primeira vez foi sempre bem acolhida. “Moro no Icó, venho acompanhar o marido que faz hemodiálise há 13 anos. Antes de existir a Casa Irmã Dulce, a gente ia almoçar na Cozinha Comunitária, no Bairro Areias. Agora venho pra cá”.
Doações caíram
Em funcionamento há quatro anos, o local acolhe pacientes e acompanhantes que buscam tratamento nas unidades de saúde de Iguatu. Para ser atendido pela casa, não é preciso pagar nada. A única exigência é o encaminhamento da unidade de saúde na qual foi atendido. De acordo com a irmã Maria das Graças, coordenadora da casa, é necessário que as pessoas atendam algumas regras de funcionalidade.
A entidade filantrópica foi fundada pelo ex-bispo da Diocese de Iguatu, dom João Costa. O local é mantido por doações e apoio da diocese e da prefeitura que fornece servidores. A casa oferece diariamente três refeições para uma média de cinquenta pessoas por dia. “A casa depende de doações e mais do nunca conta com a solidariedade das pessoas. Tudo aqui foi construído e mantido com a ajuda da população. Realizamos bazar, que nos ajuda a juntar um dinheirinho pra pagar um reparo, um conserto, agora também pra comprar verdura e também complementar algum tempero. As doações caíram muito, precisamos sempre de ajuda. Toda ajuda é bem-vinda”, afirmou Irmã Maria.
A Casa Irmã Dulce está preparando uma programação para comemorar a Irmã Dulce, que no próximo dia 13 de outubro, vai virar santa para a igreja católica.
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