Até a próxima terça-feira, 31, será intensa a movimentação de pessoas em todas as casas lotéricas, em busca do prêmio milionário da Mega-Sena da Virada, estimado em R$ 600 milhões. Desde o sábado, 21, que as apostas da Mega-Sena já são direcionadas para o prêmio máximo da virada do ano. Até lá os sorteios semanais estão suspensos, devendo acumular para pagar o maior prêmio da história das loterias.

A reportagem percorreu as casas lotéricas da Rua Epitácio Pessoa, Agenor Araújo e Perimetral e registrou imagens de apostadores, bem como expectativas, estratégias de jogo, até ‘não saber o que fazer com tanto dinheiro’.

Cada um com um sonho para realizar, dívidas a pagar, projetos da vida pessoal, investimentos, tirar longo período de férias, viajar para longe, ajudar alguém próximo, fundar uma ONG para cuidar dos animais abandonados ou uma instituição para acolher idosos sem lar e pessoas em situação de rua. Para cada gesto ou plano, o dinheiro dá, afinal, 600 milhões já está na história como maior prêmio.

Façam suas apostas

Eurismar Gomes, 44, é moradora da localidade de Currais Novos, zona rural do município de Quixelô. Ela estava com as duas filhas numa casa lotérica de Iguatu, onde registrou um jogo de seis dígitos da Mega-Sena da Virada. A agricultora afirmou que sempre joga. A estratégia dela é escolher os números aleatoriamente, sem superstições. Quando provocada sobre o que fazer com tanto dinheiro, caso ganhe sozinha o prêmio, a rurícula soltou: “Nem sei dizer, muito dinheiro, a gente fica até pensando, mas agora eu não sei, garanto que não vai faltar o que fazer, mas agora, nem faço ideia”, frisou.

Repetir os mesmos números da Mega-Sena da Virada de 2023 é a estratégia do agricultor iguatuense Francisco Chagas de Souza, 57. Ele guardou o jogo feito no ano passado, levou as seis dezenas para a casa lotérica e cravou a mesma numeração. “Trouxe de casa, porque guardei do ano passado. Eu sempre guardo para usar no ano seguinte. É uma forma de arriscar também”, disse.

Um prêmio de R$ 600 milhões cairia bem demais no orçamento de um desempregado. Eduardo Doroteu Bezerra, 40, estava numa casa lotérica registrando seu jogo. Indagado se adotava alguma estratégia com os números, ele que perdeu o emprego recentemente, afirmou que não. “Eu pego o cartão e vou marcando os números de qualquer jeito, pois acredito que esta forma é a mesma do sorteio, ninguém escolhe os números e eles vão se apresentando espontaneamente”.

A professora aposentada Maria José Araújo Sales, ao registrar seu jogo de seis dezenas abriu um sorriso quando foi indagada sobre o prêmio. O que a senhora faria se ganhasse esse prêmio? Dona Mazé, como sempre modesta, ressaltou que o prêmio integral é muito dinheiro, e com apenas um pouco ela já resolveria todos os seus sonhos de consumo. “Muito dinheiro a gente fica deslumbrada, mas eu não queria ganhar todo, um pouco já estaria bom”.