O Projeto Abaeté surgiu com objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação do rio Jaguaribe, por meio de ações educativas e ambientais. Amanhã (domingo, 23), acontece a culminância do projeto com a 6ª edição da Cavalgada Ecológica. O evento que acontece às margens do rio Jaguaribe já se tornou tradição em Iguatu. A expectativa é de grande participação de cavaleiros e amazonas.
Nesta edição o percurso será mais urbanizado diante da cheia do manancial e presta honra ao Padre Mororó, sacerdote, jornalista e revolucionário brasileiro, mártir na luta pela liberdade. São esperadas 40 instituições no evento que terá como ponto de partida a igreja Matriz de Senhora Sant’Ana com benção da cavalgada, seguindo pela Rua Dr. João Pessoa, Monsenhor Coelho, Santos Dumont, Praça Alcântara Nogueira e Rua 13 de maio, finalizando no Fomento na propriedade de Manoel Valdenir de Oliveira. No destino haverá uma confraternização com churrasco e a apresentação cultural de Galego Aboiador e Tatá Locutor.
Conforme o ativista ambiental e idealizador do evento Neto Braga, que agora utiliza o nome “Jaguaribe” junto ao seu sobrenome, o rio, diariamente, tem sofrido degradação e poluição. “Nesses seis anos de projeto o maior legado é a participação popular e a discussão que criamos em torno da necessidade de implementar uma nova cultura. Através dessas ações educativas e ambientais, é possível que a gente possa a ver nosso rio Jaguaribe como era antes. Fazer dele um local de visitação, com trilhas ecológicas como estamos fazendo”, declarou, apontando que o rio Jaguaribe é importante não só ecologicamente, mas também pelo seu resgate e importância histórica e econômica.
Causa ecológica
As ações são permanentes. O ativista tem levado alunos da rede pública para conhecer de perto o leito e realizado plantio de mudas nativas. Ao longo do ano o projeto faz visitas e trilhas ao rio, quando também são retirados lixo do local. “O rio Jaguaribe é bem maior que todos nós. Agora para gerações dos nossos filhos e nossos netos é bom que voltemos a frequentar nosso rio e abracemos em verdade a causa ecológica do rio, para que possamos sanear e devolver às futuras gerações o rio que tivemos em nossa infância. Mas é triste a gente fazer uma parte, enquanto outros muitos degradam, destroem nosso rio”, apontou Braga.
A cavalgada faz parte do calendário cultural e de eventos da cidade votado na Câmara Municipal por meio da lei municipal n° 2.802 de 20 de agosto de 2020, sancionada pelo prefeito municipal Ednaldo Lavor Couras.
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